Enviá-los para a escola é perder ao controlo de determinadas coisas que estão estavam completamente debaixo da nossa alçada, como é o caso da alimentação.
O outro dia Alice chega a casa e diz-me: "Mãe, bebi um sumo com gás!"
Explicou-me que uma menina da sala fez ano e levou bolo (aqui acho perfeitamente natural dado já serem crescidos. Não entendo os bolos em crianças menores de 2 anos) e um sumo com gás (aqui acho totalmente desapropriado). Que os pais sirvam sumo com gás em casa, é decisão de cada família. Enviá-lo para a escola, para uma sala de crianças entre os 3 e os 6 anos, acho que devia ser proibido, vá, alertado, sensibilizado para que não levassem para a escola.
Disse-lhe: "Alice, a mãe já te disse que o sumo com gás faz mal às crianças (faz a todos, mas enfim, alguns de nós já conhecem o sabor e o vício já poderá estar instalado). Não podes beber!"
Alice: "Mas mãe... já me caiu um dente e tudo (a queda do dente dela é para ela o primeiro passo da maioridade). E todos os meninos estavam a beber!" Aqui acho que a educadora não deveria ter servido, mesmo que os pais tivessem enviado.
Eu: "Mas como foi que foste beber?"
Alice: "Oh, a Júlia Pinheiro (adoro estes primeiros e últimos nomes na escola para os distinguir) deu-me do copo dela. Eu provei. Aquilo pica na boca. Ela bebia e depois bebia eu. Não bebi tudo porque não gostei muito." (Primeiro estranha-se, depois entranha-se)
Para alguns pais esta minha opção até pode parecer excessiva. Aceito. Não sou rígida na alimentação dela mas tenho alguns pontos dos quais ainda não abro mão e um deles é, sem sombra de dúvidas, bebidas com gás carregadas de açúcar. Ainda nem sequer entrou no mundo dos iceteas, nem compais e afins. Bebe água, leite e sumo natural. Assim ficaremos, pelo menos quando está debaixo dos meus olhos.
Sei que o sumo com gás será o menor dos meus problemas de tudo aquilo que irá vivenciar mas deixem-me ir com calma, muita calma, lidando com cada experiência como se fosse o único problema existente.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Nostálgica
Há muito que ando em arrumações. São necessárias e consequência de decisões importantes na nossa vida.
Este fim-de-semana estive no quarto da Alice e do António. Já grande parte dos brinquedos tinha sido selecionada, dada e arrumada. Desta vez foram as roupas e, apesar de não ter muitas porque tive a sorte de terem sido vestidos com roupas de primos e amigos, as ofertas e uma ou outra peça que ia comprando, foram-se acumulando ao longo dos anos (ainda que poucos).
Tive que tomar a decisão de dar o que ainda não tinha dado. Quase todos os meses vou vendo, revendo e selecionando, mas desta vez, o que não partiu nessas alturas, teve de partir.
A decisão de não termos mais está tomada. Por um lado, é efetivamente o melhor. Por outro, pensar que não haverá mais bebés, que todas as fases que estão a passar serão as últimas pelas quais passaremos, deixa-me nostálgica. E digo-o, depois de ter passado mais uma noite em que me levantei mais de 5 vezes...
Fica uma caixa com poucas peças das quais não consigo ainda separar-me. Primeiro fato, primeiros sapatos de bebé, um ou outro vestido muito amoroso. Não passa disto. O resto, o resto será dado.
Não vale a pena estar a acumular, a guardar quando outro alguém pode dar uso, pode realmente estar a precisar.
Se o destino me trocar as voltas, tudo se resolverá. Por enquanto, a decisão é sermos 4: dois rapazes, duas raparigas. Gostamos de viver assim, num empate de sexos, num empate de 2 adultos 2 crianças. Mais um daria maioria às crianças e nós já nos vemos aflitos confronto 2 a 2.
A idade pesa, as noites mal dormidas deixam-me com uma memória de caracol e as exigências dos dias deixam-nos, por vezes, mal humorados e esgotados. Já, no meio do caos, em que grita o mais novo e berra o mais velho, ele pergunta-me: "Ainda querias ter mais um?" Fico calada pois não sei a resposta. Há dias que não, há outros em que deixo-me levar pelo que os pais de três apergoam: "O terceiro não dá trabalho nenhum, cria-se sozinho!"
Talvez seja o cérebro deles que está tão afetado que criem essa defesa para não entrarem em parafuso, talvez seja verdade e vamo-nos desligando cada vez mais de pequenas coisas que fazemos quando só temos um, menos quando temos dois e quase nada quando são três ou mais.
Não esperem que vos vá comprovar ou desmentir esta teoria. Ficaremos assim... acreditando ou não na palavra desses pais mas tenho a certeza que quando temos o segundo filho levamos com a dura realidade que ter um filho, afinal, não dá trabalho quase nenhum, muito menos aquele trabalho todo que julgávamos ser tão esgotante. Mas... o amor que antes existia com esse um é tão pequeno comparado com a chegada de mais um.
Que me sinto nostálgica, sinto...
Este fim-de-semana estive no quarto da Alice e do António. Já grande parte dos brinquedos tinha sido selecionada, dada e arrumada. Desta vez foram as roupas e, apesar de não ter muitas porque tive a sorte de terem sido vestidos com roupas de primos e amigos, as ofertas e uma ou outra peça que ia comprando, foram-se acumulando ao longo dos anos (ainda que poucos).
Tive que tomar a decisão de dar o que ainda não tinha dado. Quase todos os meses vou vendo, revendo e selecionando, mas desta vez, o que não partiu nessas alturas, teve de partir.
A decisão de não termos mais está tomada. Por um lado, é efetivamente o melhor. Por outro, pensar que não haverá mais bebés, que todas as fases que estão a passar serão as últimas pelas quais passaremos, deixa-me nostálgica. E digo-o, depois de ter passado mais uma noite em que me levantei mais de 5 vezes...
Fica uma caixa com poucas peças das quais não consigo ainda separar-me. Primeiro fato, primeiros sapatos de bebé, um ou outro vestido muito amoroso. Não passa disto. O resto, o resto será dado.
Não vale a pena estar a acumular, a guardar quando outro alguém pode dar uso, pode realmente estar a precisar.
Se o destino me trocar as voltas, tudo se resolverá. Por enquanto, a decisão é sermos 4: dois rapazes, duas raparigas. Gostamos de viver assim, num empate de sexos, num empate de 2 adultos 2 crianças. Mais um daria maioria às crianças e nós já nos vemos aflitos confronto 2 a 2.
A idade pesa, as noites mal dormidas deixam-me com uma memória de caracol e as exigências dos dias deixam-nos, por vezes, mal humorados e esgotados. Já, no meio do caos, em que grita o mais novo e berra o mais velho, ele pergunta-me: "Ainda querias ter mais um?" Fico calada pois não sei a resposta. Há dias que não, há outros em que deixo-me levar pelo que os pais de três apergoam: "O terceiro não dá trabalho nenhum, cria-se sozinho!"
Talvez seja o cérebro deles que está tão afetado que criem essa defesa para não entrarem em parafuso, talvez seja verdade e vamo-nos desligando cada vez mais de pequenas coisas que fazemos quando só temos um, menos quando temos dois e quase nada quando são três ou mais.
Não esperem que vos vá comprovar ou desmentir esta teoria. Ficaremos assim... acreditando ou não na palavra desses pais mas tenho a certeza que quando temos o segundo filho levamos com a dura realidade que ter um filho, afinal, não dá trabalho quase nenhum, muito menos aquele trabalho todo que julgávamos ser tão esgotante. Mas... o amor que antes existia com esse um é tão pequeno comparado com a chegada de mais um.
Que me sinto nostálgica, sinto...
Oh... que delícia
No nosso segundo, foi a Alice que entrou na sala em direção ao pai com um pequeno cartaz que dizia: Vou ter um(a) mano(a)!
Black friday
Para mim significou uma única palavra: eletrodomésticos.
Não tem tanta piada apesar de não vivermos sem eles.
Não tem tanta piada apesar de não vivermos sem eles.
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Dia de chuva
O chapéu comprei-o quando a minha sobrinha era da idade da Alice. Agora é uma adolescente de 14 anos e é a Alice que delira sempre que chove...
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
O dinheiro não traz felicidade
Mas existem momentos, dias ou alturas, na vida em que parecemos viver reféns dele. Não gosto desse sentimento, causa-me desconforto. Dou graças, não por ter muito dinheiro (que não tenho) mas por não deixar que esses momentos, dias ou alturas, tomem conta de todas as minhas ações e pensamentos.
Focar-me no que é realmente importante e... o dinheiro? Vou responder o que sempre ouvi da boca da minha mãe (das melhores gestoras - de rendimentos familiares - que alguma vez conheci na vida) desde que me lembro de tomar noção do dinheiro: "O dinheiro acaba sempre por aparecer."
Focar-me no que é realmente importante e... o dinheiro? Vou responder o que sempre ouvi da boca da minha mãe (das melhores gestoras - de rendimentos familiares - que alguma vez conheci na vida) desde que me lembro de tomar noção do dinheiro: "O dinheiro acaba sempre por aparecer."
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Bate coração, bate
Alice de mão ao peito:
"Mãeee, o meu coração deixou de bater!"
Eu:"Oh e agora?"
Alice: "Agora? Não sei... Achas que ele vai voltar a bater?"
"Mãeee, o meu coração deixou de bater!"
Eu:"Oh e agora?"
Alice: "Agora? Não sei... Achas que ele vai voltar a bater?"
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
2 anos
Não é fácil mas é bem mais fácil do que às vezes sentimos. Eles querem-nos tal como somos, imperfeitas, cansadas, stressadas, com gritos de guerra ou abraços de paz, aborrecidas ou animadas, querem-nos.
Nós os queremos perfeitos, bem comportados e sem birras.
Eles sabem mais e melhor do que nós...
Nós os queremos perfeitos, bem comportados e sem birras.
Eles sabem mais e melhor do que nós...
17.11.2016
terça-feira, 15 de novembro de 2016
De volta
Dar formação, rever pessoas do meu coração, levar a família comigo, ficar em casa de uma prima irmã, ter sol todos os dias, passear numa cidade património mundial, rir muito, dormir pouco, comer bem, beber vinho em boa companhia, ser feliz...
Vista do quarto. Tão bom acordar...
Regressar à base.
Sem título
Alice a mexer-me na mala.
Eu: "Alice não mexas na mala. Não se mexe na mala das outras pessoas!"
Alice:"Mas mãe, tu és a minha pessoa!"
Eu: "Alice não mexas na mala. Não se mexe na mala das outras pessoas!"
Alice:"Mas mãe, tu és a minha pessoa!"
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Viagem de trabalho
Saio novamente para uma semana intensiva de trabalho. Conseguimos partir todos. Não haverá saudades para matar. Exige mais de nós, financeiramente e emocionalmente.
Tentamos aproveitar a fuga à rotina, tentamos não stressar com a maior exigência, tentamos que seja mais divertido para nós e para eles. Mas há narizes ranhosos, tosses noturnas, despertares madrugadores que nem chegam às 6h da manhã. Podemos até pensar que custa mais mas também podemos pensar que este tempo é nosso e eles são agora mais nossos do que alguma vez são. E bom! Muito bom! Acho que quase esqueci que não durmo quase nada desde quinta-feira...
Tentamos aproveitar a fuga à rotina, tentamos não stressar com a maior exigência, tentamos que seja mais divertido para nós e para eles. Mas há narizes ranhosos, tosses noturnas, despertares madrugadores que nem chegam às 6h da manhã. Podemos até pensar que custa mais mas também podemos pensar que este tempo é nosso e eles são agora mais nossos do que alguma vez são. E bom! Muito bom! Acho que quase esqueci que não durmo quase nada desde quinta-feira...
Post escrito enquanto aguardo pacientemente pelo almoço. Sim, o serviço é um pouco lento.
sábado, 5 de novembro de 2016
O silêncio
Não consigo escrever. Não tenho conseguido escrever.
A aparente tranquilidade dos dias escondem o cansaço e o receio das incertezas.
Prometo voltar em melhores dias, sendo uma melhor companhia.
Na falta de palavras partilharei imagens até que me reencontre num melhor momento.
A aparente tranquilidade dos dias escondem o cansaço e o receio das incertezas.
Prometo voltar em melhores dias, sendo uma melhor companhia.
Na falta de palavras partilharei imagens até que me reencontre num melhor momento.
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