Quando penso em carnaval penso em dois ou três coisas que ainda permanecem na minha péssima memória a longo prazo:
"4 dias inteiros em que podia pintar os lábios, os olhos, colocar blush e fazer um sinal com o lápis preto numa bochecha e outro junto à boca sem que a minha mãe dissesse alguma coisa."
"A minha mãe vestir-me o meu vestido da primeira comunhão, fazer-me um raminho de flores e dizer-me que estava mascarada de noiva. Andei o dia todo a encontrar alguém que tivesse fato, logo mascarado de noivo."
"Lutas de balões de água na minha rua contra vizinhos e escuteiros (a sede ficava ao lado de casa)."
"4 dias inteiros a pintar e despintar os lábios porque não gostava do sabor do batom. Andava num misto de "adoro lábios pintados" com um "isto sabe tão mal"."
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Ana Rita Clara
Acho-a linda, linda e adoro o seu estilo, a sua postura de bem com a vida. Se morresse podia encarnar numa sósia dela.
Oh, pra mim tão linda! ;)
Oh, pra mim tão linda! ;)
I'm old fashion
Eu cá aprecio um bom livro, as folhas, o toque pouco digital e o marcador (muitas vezes um recibo, um cartão de publicidade ou um pedaço de papel que andava à mão de semear).
O Carnaval
CARNAVAL JÚNIOR NO ATENEU CRIATIVO
BILHETES à VENDA NO ATENEU CRIATIVO,
DIAS ÚTEIS - das 15h às 19h.
SEXTA E SÁBADO - das 22h às 04h
Dia 2 de março - O carnaval para os mais pequenos!
Muita animação durante toda a tarde, espetáculo dos Du-Dé-Du às 16h30, entre outras surpresas ;) !
HORÁRIO:
Das 15h às 19h
ENTRADAS:
5€ (gratuito para crianças até aos 3 anos)
BILHETES à VENDA NO ATENEU CRIATIVO,
DIAS ÚTEIS - das 15h às 19h.
SEXTA E SÁBADO - das 22h às 04h
Dia 2 de março - O carnaval para os mais pequenos!
Muita animação durante toda a tarde, espetáculo dos Du-Dé-Du às 16h30, entre outras surpresas ;) !
HORÁRIO:
Das 15h às 19h
ENTRADAS:
5€ (gratuito para crianças até aos 3 anos)
Da nossa parte, mãe e filha, depois da sesta, vamos ver o espetáculo, conviver, saltar e dançar.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
O meu avô paterno
No Facebook, na página da minha tia mais velha, encontrei uma fotografia do meu avô paterno quando ele era mais novo.
Nasceu em Lisboa, veio para os Açores como marinheiro e por cá ficou... a vida dele dava um filme, os filhos que teve davam tantos outros filmes. Já morreu... lembro-me tão bem dele, de ficarmos os dois na sala enquanto ele me mostrava todos os livros que tinha e a paixão que tinha por eles.
Nasceu em Lisboa, veio para os Açores como marinheiro e por cá ficou... a vida dele dava um filme, os filhos que teve davam tantos outros filmes. Já morreu... lembro-me tão bem dele, de ficarmos os dois na sala enquanto ele me mostrava todos os livros que tinha e a paixão que tinha por eles.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
A melhor memória cá de casa
A minha memória nunca foi uma coisa de me encher de orgulho. Depois se ser mãe é algo que nem vale a pena tocar no assunto.
Assim sendo, o ser mais pequeno cá de casa candidata-se ao prémio de memória mais fresca e duradoira das redondezas.
No sábado disse-lhe que íamos à biblioteca ouvir as histórias das Requinhas. Caiu uma trovoada que me fez acreditar que podia estar a pouco tempo de ter um encontro imediato com os cavaleiros do Apocalipse.
Resultado: Não se colocou o pé fora de casa, nem houve histórias para ninguém.
Desde sábado que o ser mais pequeno cá de casa me diz: "Mãe, qué i à bibioteca!"
Assim sendo, o ser mais pequeno cá de casa candidata-se ao prémio de memória mais fresca e duradoira das redondezas.
No sábado disse-lhe que íamos à biblioteca ouvir as histórias das Requinhas. Caiu uma trovoada que me fez acreditar que podia estar a pouco tempo de ter um encontro imediato com os cavaleiros do Apocalipse.
Resultado: Não se colocou o pé fora de casa, nem houve histórias para ninguém.
Desde sábado que o ser mais pequeno cá de casa me diz: "Mãe, qué i à bibioteca!"
Em casa a sanita é tão só mais um local de leitura. Pede e exige a sanita. Mal se senta faz novo pedido: "Revita" e depois lá fica 10, 15 ou 20 minutos. E depois diz: "Tá, tá!"
Ou seja, tá feita a leitura porque o resto é na fralda...
Sorte que lhe comprei um redutor com almofada, caso contrário ela não passava da capa da Revista.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Faz o bem, não olhes a quem!
A minha mãe sempre me ensinou a fazer o bem, independentemente da pessoa a quem o fazia. Aprendi a ajudar quem precisava mas não, necessariamente, quem merecia (tanto que esta parte é um pouco dúbia).
Hoje ajudei, ajudei alguém que não o merecia mas fiz porque me pediram, porque me custa recusar, porque recebo o retorno de todo o bem que espalho. Nunca o receberei da pessoa a quem o fiz mas sei que ele chega sempre a mim pelas mãos de outro alguém...
Hoje ajudei, ajudei alguém que não o merecia mas fiz porque me pediram, porque me custa recusar, porque recebo o retorno de todo o bem que espalho. Nunca o receberei da pessoa a quem o fiz mas sei que ele chega sempre a mim pelas mãos de outro alguém...
domingo, 23 de fevereiro de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Fui aos saldos
A sorte de se ter crianças pouco mais velhas do que a nossa na família é algo parecido ao Euromilhões. Recebemos brinquedos, livros e roupa. Na verdade, o pouco que gasto com a Alice é no calçado e mesmo assim, nada de muito extraordinário.
Na última ida ao shopping, Alice entra na Sport Zone a correr e gritar bola, bola. Os meus olhos só tiveram tempo de fixar a bancada com saldos superiores a 70%.
A bola ficou lá mas vieram uns ténis para a Alice. Ela diz que não gosta mas acho que ela está apenas ofendida comigo por não lhe ter comprado uma bola.
Na última ida ao shopping, Alice entra na Sport Zone a correr e gritar bola, bola. Os meus olhos só tiveram tempo de fixar a bancada com saldos superiores a 70%.
A bola ficou lá mas vieram uns ténis para a Alice. Ela diz que não gosta mas acho que ela está apenas ofendida comigo por não lhe ter comprado uma bola.
Preço: 35€
Preço de saldos: 8,75€
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Admiração
No que conta à alimentação sou relativamente preocupada e atenta, quase tanto como sou com as horas de sono dela.
Assim sendo, 95% do que come é feito a pensar nela e para ela.
Aos 12 meses a pediatra disse-nos: "A partir de agora ela pode comer tudo, menos o marisco porque é mal empregue."
Eu mantive o leite de fórmula até aos 24 meses, mantive as sopas sem sal (agora já leva uma pitada), mantive os segundos pratos sem sal (agora já é como as sopas) e só para ela.
Contudo, mantenho-a afastada de muitos alimentos (ou não...) que provocam o espanto de tantas outras mães com filhos da idade da Alice. Assim sendo, ela ainda não conhece:
a) chocolates
b) gomas
c) batatas fritas de pacote
d) todo o tipo de aperitivos (come frutos secos e adora nozes)
e) gelados
f) bolos (já provou umas migalhas de alguns)
g) todo o tipo de sobremesas doces
h) chupas, rebuçados e afins
i) qualquer tipo de sumo que não seja natural
j) bolachas recheadas
l) chocolate em pó
Não tem sido nada difícil mantê-la afastada daquilo que acho que só lhe irá fazer mal. Quando vê e pede em festas explico-lhe que é muito pequena para comer, que é comida de gente crescida. Tem resultado. É um pouco mais difícil em festas de crianças quando quase todas as outras andam a passear de gomas e chocolates na mão. Tento distraí-la com outras coisas, oferecer-lhe outras coisas que já sei que gosta e não lhe fazem mal como tostas.
Como nunca provou, não sabe o que está a perder... ou a ganhar.
Acho que em grande parte dos casos são os adultos, geralmente avós, tios, padrinhos, a oferecerem guloseimas a bebés pela primeira vez do que eles próprios a sentirem desejo por eles. E acham piada vê-los a comer, a besuntarem-se a pedirem mais quando provam e depois chegam os problemas quando os querer ver parar de comer.
Quando a minha for maior terá tempo de sobra de se estragar em doces e guloseimas.
Assim sendo, 95% do que come é feito a pensar nela e para ela.
Aos 12 meses a pediatra disse-nos: "A partir de agora ela pode comer tudo, menos o marisco porque é mal empregue."
Eu mantive o leite de fórmula até aos 24 meses, mantive as sopas sem sal (agora já leva uma pitada), mantive os segundos pratos sem sal (agora já é como as sopas) e só para ela.
Contudo, mantenho-a afastada de muitos alimentos (ou não...) que provocam o espanto de tantas outras mães com filhos da idade da Alice. Assim sendo, ela ainda não conhece:
a) chocolates
b) gomas
c) batatas fritas de pacote
d) todo o tipo de aperitivos (come frutos secos e adora nozes)
e) gelados
f) bolos (já provou umas migalhas de alguns)
g) todo o tipo de sobremesas doces
h) chupas, rebuçados e afins
i) qualquer tipo de sumo que não seja natural
j) bolachas recheadas
l) chocolate em pó
Não tem sido nada difícil mantê-la afastada daquilo que acho que só lhe irá fazer mal. Quando vê e pede em festas explico-lhe que é muito pequena para comer, que é comida de gente crescida. Tem resultado. É um pouco mais difícil em festas de crianças quando quase todas as outras andam a passear de gomas e chocolates na mão. Tento distraí-la com outras coisas, oferecer-lhe outras coisas que já sei que gosta e não lhe fazem mal como tostas.
Como nunca provou, não sabe o que está a perder... ou a ganhar.
Acho que em grande parte dos casos são os adultos, geralmente avós, tios, padrinhos, a oferecerem guloseimas a bebés pela primeira vez do que eles próprios a sentirem desejo por eles. E acham piada vê-los a comer, a besuntarem-se a pedirem mais quando provam e depois chegam os problemas quando os querer ver parar de comer.
Quando a minha for maior terá tempo de sobra de se estragar em doces e guloseimas.
Bem... retiro o que disse... realmente tem piada vê-los assim mas a minha vontade de rir não chega a tanto. Qual a minha moral para depois dizer que não, que não deve comer?!
Look Book#74
Look de sexta-feira, quase fim-de-semana, quase que lavava a cabeça mas só lavei o corpo, quase que tinha uma peça nova mas é tudo de há milhares de anos atrás: ténis Cat, oferta de B. no nosso primeiro ou segundo ano de namoro, tudo o resto h&m, menos camisa branca que veio há quase 3 milhões de anos numa barrica da América.
Esperem lá, elástico de cabelo h&m comprado em Janeiro de 2014 nas férias de Natal :))
Por isso é que deixei de postar looks. Quem gostar de alguma peça tem que entrar numa máquina do tempo e recuar uns anos. Não dá muito jeito...
Ainda sem foto
Resultado de um dia de jumpsuit:
Cheguei a casa com a bexiga a transbordar... não me apetecia ficar nua no serviço para fazer um xixi.
Cheguei a casa com a bexiga a transbordar... não me apetecia ficar nua no serviço para fazer um xixi.
Este não é o meu, esta não sou eu ;)
O senhor da filha da sogra
O mesmo senhor que fala na "filha da sua sogra", cumprimenta-me sempre na rua com: "Bom dia, barbeleta!" quando não é o "Bom dia, irmã!"
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
No café
Há um senhor que lá passa todos os dias para tomar um café. Em conversa fala muita vez da sua nora usando a expressão: "a filha da minha sogra". Acho estranho :)
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Ainda as noites e os bebés e as noites e os pais
Querida mãe
Querida mãe, esta noite acordei a estranhar o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha acabado e que te tinhas esquecido de mim. Comecei então a chorar, assustado, e tu apareceste. Que bom. Fiquei tão feliz a embalar-me no calor do teu peito que acabei por adormecer antes de mamar tudo o que precisava. Quando percebi que me ias colocar no berço, chorei outra vez. Vamos falar a sério, sei que estavas com pressa para ir dormir mais um bocadinho. Deste-me o teu peito, assim meio de repente, e a seguir trocaste-me a fralda. Estava tudo calmo, um silêncio bom e nós dois juntinhos, tão especial aquele momento que eu até perdi o sono. Eu acho que até foste compreensiva, mas começaste a bocejar um pouco e resolveste que eu tinha mesmo de dormir. E eu não queria dormir. Talvez precisasse de mais dez minutos ou meia hora contigo, mas tu estavas mesmo decidida a pôr-me na cama e ires deitar-te. Estavas cada vez mais nervosa e até chamaste o pai. Eu não queria o pai e aos poucos fomos ficando todos muito irritados. No fim, acordei a casa toda cinco vezes. De manhã cedo estávamos todos com cara de quem foi à discoteca. Acho que estraguei tudo. E acabaste por dizer ao pai que eu eu tinha um problema de sono. Eu não, juro! Tu é que vens dar-me de mamar cheia de pressa e eu sinto que não queres estar comigo. Os adultos têm hora certa para tudo, mas eu ainda não entendi essas coisas de relógio e tarefas estafantes que vocês precisam fazer. Quando o meu corpo está com o teu, quero ficar do teu lado para sempre. Do alto dos meus 3 meses ainda não entendi lá muito bem que tu és uma pessoa e eu sou outra. Um dia eu vou sair pelo mundo, vou telefonar e posso deixar-te doida de preocupação. Nessa altura vais entender como eu me sinto agora. Mas até lá vamos acabar por nos entender, inclusivamente através das palavras. Agora sinto a angústia da separação, porque acabei de passar por essa experiência. Tu também, eu sei, mas vives tudo isto como uma adulta consciente. Para mim tudo ainda é tão novo aqui fora. Mas eu tenho a certeza absoluta de que vou aprender tudo tudo o que me ensinares, principalmente através dos teus sentimentos em relação a mim. Mãe queres um conselho do teu filho bebé? Quando eu chorar à noite não venhas a correr desesperada, como se o mundo fosse acabar. Espera um bocadinho, respira fundo, ouve o meu choro até que ele atinja o teu coração. Demora o teu tempo e depois, por favor, acorda e vem. Abraça-me devagar, não acendas a luz, fala baixinho e dá-me a tua maminha para eu mamar. Depois de eu arrotar, peço-te mais um pouco de paciência. Não te esqueças que nós bebés somos sensíveis aos sentimentos dos adultos. Se eu sentir que estás com pressa, sou capaz de desatar aos gritos, mas se esperares um pouco mais, até o meu segundo suspiro vá, quando meus olhos estão mesmo fechados e o meu corpo muito molinho, aí sim podes colocar-me no berço que eu de certeza que não acordo antes de sentir fome outra vez. À medida que trabalhares a tua paciência, querida mãe, eu estarei a desenvolver a minha tranquilidade e nós não teremos mais noites desagradáveis. Apenas noites de mãe e filho, que um dia passam, como tudo na vida. E aí acho que vais ter saudades.
Texto de Claudia Rodrigues autora do livro "Mamães mais que Perfeitas", adaptado por 4D daqui: http://avidaa4d.blogspot.pt/2014/02/querida-mae.html
Querida mãe, esta noite acordei a estranhar o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha acabado e que te tinhas esquecido de mim. Comecei então a chorar, assustado, e tu apareceste. Que bom. Fiquei tão feliz a embalar-me no calor do teu peito que acabei por adormecer antes de mamar tudo o que precisava. Quando percebi que me ias colocar no berço, chorei outra vez. Vamos falar a sério, sei que estavas com pressa para ir dormir mais um bocadinho. Deste-me o teu peito, assim meio de repente, e a seguir trocaste-me a fralda. Estava tudo calmo, um silêncio bom e nós dois juntinhos, tão especial aquele momento que eu até perdi o sono. Eu acho que até foste compreensiva, mas começaste a bocejar um pouco e resolveste que eu tinha mesmo de dormir. E eu não queria dormir. Talvez precisasse de mais dez minutos ou meia hora contigo, mas tu estavas mesmo decidida a pôr-me na cama e ires deitar-te. Estavas cada vez mais nervosa e até chamaste o pai. Eu não queria o pai e aos poucos fomos ficando todos muito irritados. No fim, acordei a casa toda cinco vezes. De manhã cedo estávamos todos com cara de quem foi à discoteca. Acho que estraguei tudo. E acabaste por dizer ao pai que eu eu tinha um problema de sono. Eu não, juro! Tu é que vens dar-me de mamar cheia de pressa e eu sinto que não queres estar comigo. Os adultos têm hora certa para tudo, mas eu ainda não entendi essas coisas de relógio e tarefas estafantes que vocês precisam fazer. Quando o meu corpo está com o teu, quero ficar do teu lado para sempre. Do alto dos meus 3 meses ainda não entendi lá muito bem que tu és uma pessoa e eu sou outra. Um dia eu vou sair pelo mundo, vou telefonar e posso deixar-te doida de preocupação. Nessa altura vais entender como eu me sinto agora. Mas até lá vamos acabar por nos entender, inclusivamente através das palavras. Agora sinto a angústia da separação, porque acabei de passar por essa experiência. Tu também, eu sei, mas vives tudo isto como uma adulta consciente. Para mim tudo ainda é tão novo aqui fora. Mas eu tenho a certeza absoluta de que vou aprender tudo tudo o que me ensinares, principalmente através dos teus sentimentos em relação a mim. Mãe queres um conselho do teu filho bebé? Quando eu chorar à noite não venhas a correr desesperada, como se o mundo fosse acabar. Espera um bocadinho, respira fundo, ouve o meu choro até que ele atinja o teu coração. Demora o teu tempo e depois, por favor, acorda e vem. Abraça-me devagar, não acendas a luz, fala baixinho e dá-me a tua maminha para eu mamar. Depois de eu arrotar, peço-te mais um pouco de paciência. Não te esqueças que nós bebés somos sensíveis aos sentimentos dos adultos. Se eu sentir que estás com pressa, sou capaz de desatar aos gritos, mas se esperares um pouco mais, até o meu segundo suspiro vá, quando meus olhos estão mesmo fechados e o meu corpo muito molinho, aí sim podes colocar-me no berço que eu de certeza que não acordo antes de sentir fome outra vez. À medida que trabalhares a tua paciência, querida mãe, eu estarei a desenvolver a minha tranquilidade e nós não teremos mais noites desagradáveis. Apenas noites de mãe e filho, que um dia passam, como tudo na vida. E aí acho que vais ter saudades.
Boa sugestão para os mais pequenos
Apenas para quem vive em S. Miguel - Açores.
Um sábado por mês, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada vai-se ouvir histórias infantis pela boca das Requinhas.
Não vou deixar passar esta oportunidade de levar a Alice. É, sem dúvida, uma programa agradável e livre de custos financeiros. Há melhor?
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Carlos González#2
Há livros, sites, palestras e grupos de apoio para ajudar quem quer amamentar. As mães já não sabem dar de mamar?
As mães sabem dar de mamar. O problema é que, há mais de um século, os profissionais lhes dão informações erradas. Durante milhares de anos, as mães deram mama seguindo os seus instintos ou com a ajuda das suas mães e avós. Agora, as mães desconfiam dos seus instintos porque ouvem pessoas que lhes dizem coisas sem sentido. Dizem-lhes para não dar mama, para não dar mama de noite, para não pegar o bebé ao colo. E como muitas avós já não deram peito não podem ajudá-las.
Amamentar pode ser muito cansativo. É preciso acordar à noite, por vezes mais do que uma vez, para dar de mamar, ir trabalhar no dia seguinte e conciliar isso com todas as outras coisas que uma recém-mãe tem de fazer.
Ir trabalhar no dia seguinte a seguir a dar de mamar durante a noite é que é cansativo. Hoje em dia, está a dizer-se às mães que primeiro é preciso obedecer ao patrão. E o patrão tem direito a obrigá-la entrar à hora certa e a chamar-lhe a atenção se se atrasa cinco minutos. Se um bebé chama a mãe e, por ela demorar cinco minutos, começa a chorar, dizem que é um mal-educado porque não sabe esperar. Claro que não sabe esperar, não compreende que a mãe tem outras coisas para fazer.
O problema é que pomos as necessidades das mães e das crianças no final das prioridades. O trabalho é cansativo, tem de fazer-se entre determinadas horas e não se pode falhar. Além disso, é preciso fazer muitas outras coisas. Mas ninguém diz às mães para não passarem a roupa a ferro ou para não fazerem o jantar, por exemplo. Em vez disso, dizem-lhes para não pegar no bebé ao colo ou para não ligar quando ele chora. Mas isso é que não se pode deixar de fazer. Se não passarem a roupa a ferro não acontece nada. Mas quando o bebé chora quer dizer que se passa alguma coisa.
Dar de mamar, um desejo meu mal soube que estava grávida. Com o desejo veio o receio de não conseguir. À minha volta só ouvia falar de mães que não tiveram leite, de bebés que não conseguiam mamar, de bebés que mamavam mas não aumentavam de peso, de mastites, de gretas, de gritos de dor e choro.
Chegou o dia, foi cesariana e outra vez pensava em todos os casos de cesariana que tinham sido motivo para não amamentar. E eu, cesariana, depois de várias e várias horas em trabalho de parto, uma noite e um dia e outra noite em contrações, nasceu finalmente às 00:40. No recobro colocam-na ao meu peito para mamar. Eu estava zonza de tudo o que tinha acontecido. Acho que ela mal mamou, os seus gritos ouviam-se no hospital inteiro. A enfermeira preparou-lhe um biberon e eu pensei, no meio de todo aquele turbilhão, que não queria, quis gritar nãoooo, e nenhum som saiu. Pensei: "Vai provar o biberon e não vai querer mais a minha mama."
Fomos as duas para o quarto, ela gritava como se a tivesse arrancado do céu para o inferno (e basicamente foi o que aconteceu). Ela só se calou quando a colei ao meu peito e lá dormiu toda a noite e eu na minha 2ª noite passada em claro. Tinha um medo que ela escorregasse de mim se eu adormecesse. Não havia proteções, eu estava quebrada, cansada e dorida. Não a descolei de mim e nem preguei olho.
Começaram os nossos 9 meses de amamentação com tantas peripécias pelo meio mas um verdadeiro sucesso para mãe e filha.
A história para contar seria muito longa...
As mães sabem dar de mamar. O problema é que, há mais de um século, os profissionais lhes dão informações erradas. Durante milhares de anos, as mães deram mama seguindo os seus instintos ou com a ajuda das suas mães e avós. Agora, as mães desconfiam dos seus instintos porque ouvem pessoas que lhes dizem coisas sem sentido. Dizem-lhes para não dar mama, para não dar mama de noite, para não pegar o bebé ao colo. E como muitas avós já não deram peito não podem ajudá-las.
Amamentar pode ser muito cansativo. É preciso acordar à noite, por vezes mais do que uma vez, para dar de mamar, ir trabalhar no dia seguinte e conciliar isso com todas as outras coisas que uma recém-mãe tem de fazer.
Ir trabalhar no dia seguinte a seguir a dar de mamar durante a noite é que é cansativo. Hoje em dia, está a dizer-se às mães que primeiro é preciso obedecer ao patrão. E o patrão tem direito a obrigá-la entrar à hora certa e a chamar-lhe a atenção se se atrasa cinco minutos. Se um bebé chama a mãe e, por ela demorar cinco minutos, começa a chorar, dizem que é um mal-educado porque não sabe esperar. Claro que não sabe esperar, não compreende que a mãe tem outras coisas para fazer.
O problema é que pomos as necessidades das mães e das crianças no final das prioridades. O trabalho é cansativo, tem de fazer-se entre determinadas horas e não se pode falhar. Além disso, é preciso fazer muitas outras coisas. Mas ninguém diz às mães para não passarem a roupa a ferro ou para não fazerem o jantar, por exemplo. Em vez disso, dizem-lhes para não pegar no bebé ao colo ou para não ligar quando ele chora. Mas isso é que não se pode deixar de fazer. Se não passarem a roupa a ferro não acontece nada. Mas quando o bebé chora quer dizer que se passa alguma coisa.
Dar de mamar, um desejo meu mal soube que estava grávida. Com o desejo veio o receio de não conseguir. À minha volta só ouvia falar de mães que não tiveram leite, de bebés que não conseguiam mamar, de bebés que mamavam mas não aumentavam de peso, de mastites, de gretas, de gritos de dor e choro.
Chegou o dia, foi cesariana e outra vez pensava em todos os casos de cesariana que tinham sido motivo para não amamentar. E eu, cesariana, depois de várias e várias horas em trabalho de parto, uma noite e um dia e outra noite em contrações, nasceu finalmente às 00:40. No recobro colocam-na ao meu peito para mamar. Eu estava zonza de tudo o que tinha acontecido. Acho que ela mal mamou, os seus gritos ouviam-se no hospital inteiro. A enfermeira preparou-lhe um biberon e eu pensei, no meio de todo aquele turbilhão, que não queria, quis gritar nãoooo, e nenhum som saiu. Pensei: "Vai provar o biberon e não vai querer mais a minha mama."
Fomos as duas para o quarto, ela gritava como se a tivesse arrancado do céu para o inferno (e basicamente foi o que aconteceu). Ela só se calou quando a colei ao meu peito e lá dormiu toda a noite e eu na minha 2ª noite passada em claro. Tinha um medo que ela escorregasse de mim se eu adormecesse. Não havia proteções, eu estava quebrada, cansada e dorida. Não a descolei de mim e nem preguei olho.
Começaram os nossos 9 meses de amamentação com tantas peripécias pelo meio mas um verdadeiro sucesso para mãe e filha.
A história para contar seria muito longa...
Pela primeira vez...
... participo numa troca blogosférica (pode-se dizer assim?):
Mais informações no blog mais doce das redondezas: http://jardimdealgodaodoce.blogspot.pt/2014/02/troca-da-primavera.html
Quem quiser participar, pode-se inscrever até dia 28 de Fevereiro, enviando-me
para o mail : jardimdealgodaodoce@gmail.com, os seguintes dados : - • nome; •
respetivo blog; • morada para envio.
Será facilmente lavável?
Se for daquelas que saem facilmente, esta é uma ótima ideia para colocar em prática. Ainda não nos aventurámos com as tintas lá por casa. Andamos nos lápis de cera e de cor e demos descaminho das pontas de feltro. Tudo lavável...
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Carlos González #1
Conheço-o pouco, muito pouco, mas já gosto dele:
A solução para as crianças que acordam muitas vezes à noite é levá-las para a cama dos pais?
O problema é que existe uma grande desconfiança em relação às mães e a tudo o que elas fazem. A desconfiança existe na sociedade e nas próprias mães, que não têm confiança em si próprias. Os bebés acordam várias vezes durante a noite, principalmente a partir dos quatro meses. Se eu digo: «Quando o bebé acordar de noite, faz-lhe uma massagem» e a mãe faz e o bebé adormece. A mãe pensa: «Que bem que funciona a massagem». Se digo para pôr a cama virada para oriente, seguindo as indicações do Feng Shui, e ele adormece, a mãe pensa: «Que bom é o Feng Shui». Mas se digo: «Mete-o na cama contigo», e ele adormece, ninguém diz: «Que bom é ele dormir comigo». Em vez disso, dizem: «Este bebé não dorme, se não o ponho na minha cama não dorme». Ou seja, é algo que funciona, mas parece que é mau. E passa-se o mesmo com o chorar. Dizemos: «Este bebé só chora, enquanto não lhe dou colo não se cala». Mas se lhe dermos um medicamento e ele se calar dizemos que o medicamento é maravilhoso.
Os bebés são muito fáceis de criar, muito fáceis de cuidar, só há que usar um pouco o senso comum, ver o que funciona e o que não funciona, lembrarmo-nos de quando fomos crianças. Não é assim tão difícil.
Sempre tive medo de colocar a Alice a dormir na nossa cama, ainda hoje é algo que evito com receio que se torne norma diária. Contudo, até aos nove meses ela amamentou e durante a noite fazia-o muitas, muitas vezes, sempre comigo deitada e ela ao lado. Impossível fazê-lo sentada ou fora da cama pois já assim me custava não imagino como seria de outra forma.
Acabava de mamar, berço. Se chorava lá ia o colo, às vezes, mais de uma hora a passear pela casa. Na cama é que não, pensava eu (burrinha de todo).
Nas férias, uma preocupação, ai que se vai habituar, ai ficamos nós no sofá e ela numa cama de casal sozinha (burrinha de todo volta a atacar).
Ouvimos tanto, queremos levar tudo à letra, ouvimos as experiências dos outros e quase deixamos de viver as nossas, únicas com o nosso bebé único.
Já não me preocupa tanto, já a meto na nossa cama, apesar de conversar com ela, de lhe fazer entender os dois espaços distintos. Se tem uma noite terrível que me chama de 5 em 5 minutos, se está mais constipada, chorosa, triste com o mundo, fica na nossa cama, no nosso calor e proteção. No dia seguinte o sol volta a nascer e ela tem a sua cama de volta.
É costume lá ir parar todos os dias por volta das 7h da manhã. Se acordar antes tento que fique na sua, apesar de às vezes me pedir: "Qué cama mãe!" Tenho conseguido dar-lhe a voltar e que fique na sua até de manhã. Se houvesse gritos de meia-noite, se sentisse que ela tinha medo, se achasse que estava a sofrer: "Toma meu amor a cama mãe!"
Cada família é uma família, cada casal um casal e cada bebé um bebé. Ouvimos, processamos, tentamos, acertamos, voltamos a tentar, erramos, e vamos vivendo...
A solução para as crianças que acordam muitas vezes à noite é levá-las para a cama dos pais?
O problema é que existe uma grande desconfiança em relação às mães e a tudo o que elas fazem. A desconfiança existe na sociedade e nas próprias mães, que não têm confiança em si próprias. Os bebés acordam várias vezes durante a noite, principalmente a partir dos quatro meses. Se eu digo: «Quando o bebé acordar de noite, faz-lhe uma massagem» e a mãe faz e o bebé adormece. A mãe pensa: «Que bem que funciona a massagem». Se digo para pôr a cama virada para oriente, seguindo as indicações do Feng Shui, e ele adormece, a mãe pensa: «Que bom é o Feng Shui». Mas se digo: «Mete-o na cama contigo», e ele adormece, ninguém diz: «Que bom é ele dormir comigo». Em vez disso, dizem: «Este bebé não dorme, se não o ponho na minha cama não dorme». Ou seja, é algo que funciona, mas parece que é mau. E passa-se o mesmo com o chorar. Dizemos: «Este bebé só chora, enquanto não lhe dou colo não se cala». Mas se lhe dermos um medicamento e ele se calar dizemos que o medicamento é maravilhoso.
Os bebés são muito fáceis de criar, muito fáceis de cuidar, só há que usar um pouco o senso comum, ver o que funciona e o que não funciona, lembrarmo-nos de quando fomos crianças. Não é assim tão difícil.
Sempre tive medo de colocar a Alice a dormir na nossa cama, ainda hoje é algo que evito com receio que se torne norma diária. Contudo, até aos nove meses ela amamentou e durante a noite fazia-o muitas, muitas vezes, sempre comigo deitada e ela ao lado. Impossível fazê-lo sentada ou fora da cama pois já assim me custava não imagino como seria de outra forma.
Acabava de mamar, berço. Se chorava lá ia o colo, às vezes, mais de uma hora a passear pela casa. Na cama é que não, pensava eu (burrinha de todo).
Nas férias, uma preocupação, ai que se vai habituar, ai ficamos nós no sofá e ela numa cama de casal sozinha (burrinha de todo volta a atacar).
Ouvimos tanto, queremos levar tudo à letra, ouvimos as experiências dos outros e quase deixamos de viver as nossas, únicas com o nosso bebé único.
Já não me preocupa tanto, já a meto na nossa cama, apesar de conversar com ela, de lhe fazer entender os dois espaços distintos. Se tem uma noite terrível que me chama de 5 em 5 minutos, se está mais constipada, chorosa, triste com o mundo, fica na nossa cama, no nosso calor e proteção. No dia seguinte o sol volta a nascer e ela tem a sua cama de volta.
É costume lá ir parar todos os dias por volta das 7h da manhã. Se acordar antes tento que fique na sua, apesar de às vezes me pedir: "Qué cama mãe!" Tenho conseguido dar-lhe a voltar e que fique na sua até de manhã. Se houvesse gritos de meia-noite, se sentisse que ela tinha medo, se achasse que estava a sofrer: "Toma meu amor a cama mãe!"
Cada família é uma família, cada casal um casal e cada bebé um bebé. Ouvimos, processamos, tentamos, acertamos, voltamos a tentar, erramos, e vamos vivendo...
Qual a pior forma de começar uma semana...
Ouvir a notícia de uma criança que ficou debaixo de um autocarro à saída de uma paragem.
E a única vontade que tenho é de fechar-me em casa com a minha filha e só deixá-la sair quando tiver 40 ou melhor 50 anos.
E eu não compreendia o "excesso" (achava eu que era excesso) de preocupação da minha mãe, nas minhas saídas noturnas, nas viagens, nos acampamentos. Os avisos: "Quem é que vai conduzir?", "Para onde vão?", "Vão andar por estradas difíceis?" etc, etc e eu, quase que menosprezando aquele coração de mãe, achava que era dela, que era só ela que se preocupava demasiado.
Como, como aguentava ela não ter notícias minhas durante uma semana toda quando trabalhava noutra ilha, não ter o meu número de telemóvel quando comecei a usar (não sei porquê? Porque não tinha telemóvel para me ligar? Ou porque nunca precisava de me ligar? Porque não queria ser uma mãe chata?), como aguentava as minhas viagens em que me pedia apenas uma mensagem ou um toque para o telemóvel do meu irmão para saber que eu tinha chegado bem, nem sequer me exigia uma chamada e eu, tantas vezes, só me lembrava no dia seguinte. E seu coração de mãe tudo aguentava, em sobressalto talvez.
Mãe, minha querida mãe, que tantas vezes achei que eras a mãe mais preocupada do mundo, que tantas vezes achei que eram disparatadas as preocupações com as noites, com as viagens...
Mãe, minha querida mãe, como aguentou o teu coração tantas ausências de notícias porque eu era desligada, despreocupada, achando que nunca nada era motivo das tuas preocupações porque nunca nada de mal me iria acontecer?
Mãe, minha querida mãe, vou ser, já sou, mil vezes mais preocupada do que foste e alguma vez serás. Como te compreendo quando me dizias: "Filha, só tenho medo que alguma coisa de má te aconteça!"
Sim, o meu medo parece muito maior, um medo terrível de perder o bem mais precioso que tenho na vida, uma parte de mim que cresce neste mundo e que eu não consigo proteger a 100%, não consigo controlar e impedir que o mundo tome conta do seu destino...
Mãe, minha querida mãe, que a vida me dê uma filha mais compreensiva do que eu fui, mais consciente que o coração de mãe/pai é por natureza preocupado, sofredor mas que é o coração que mais ama outro ser.
Mãe, minha querida mãe, perdoa-me a minha inconsciência de jovem que pensa dominar o mundo, que se julga invencível e acima de todas as desgraças que aconteciam a outros jovens como eu.
Mãe, hoje sou mãe, e não precisarás de me dizer mais nada pois o meu coração já sabe o que o teu coração sente...
E a única vontade que tenho é de fechar-me em casa com a minha filha e só deixá-la sair quando tiver 40 ou melhor 50 anos.
E eu não compreendia o "excesso" (achava eu que era excesso) de preocupação da minha mãe, nas minhas saídas noturnas, nas viagens, nos acampamentos. Os avisos: "Quem é que vai conduzir?", "Para onde vão?", "Vão andar por estradas difíceis?" etc, etc e eu, quase que menosprezando aquele coração de mãe, achava que era dela, que era só ela que se preocupava demasiado.
Como, como aguentava ela não ter notícias minhas durante uma semana toda quando trabalhava noutra ilha, não ter o meu número de telemóvel quando comecei a usar (não sei porquê? Porque não tinha telemóvel para me ligar? Ou porque nunca precisava de me ligar? Porque não queria ser uma mãe chata?), como aguentava as minhas viagens em que me pedia apenas uma mensagem ou um toque para o telemóvel do meu irmão para saber que eu tinha chegado bem, nem sequer me exigia uma chamada e eu, tantas vezes, só me lembrava no dia seguinte. E seu coração de mãe tudo aguentava, em sobressalto talvez.
Mãe, minha querida mãe, que tantas vezes achei que eras a mãe mais preocupada do mundo, que tantas vezes achei que eram disparatadas as preocupações com as noites, com as viagens...
Mãe, minha querida mãe, como aguentou o teu coração tantas ausências de notícias porque eu era desligada, despreocupada, achando que nunca nada era motivo das tuas preocupações porque nunca nada de mal me iria acontecer?
Mãe, minha querida mãe, vou ser, já sou, mil vezes mais preocupada do que foste e alguma vez serás. Como te compreendo quando me dizias: "Filha, só tenho medo que alguma coisa de má te aconteça!"
Sim, o meu medo parece muito maior, um medo terrível de perder o bem mais precioso que tenho na vida, uma parte de mim que cresce neste mundo e que eu não consigo proteger a 100%, não consigo controlar e impedir que o mundo tome conta do seu destino...
Mãe, minha querida mãe, que a vida me dê uma filha mais compreensiva do que eu fui, mais consciente que o coração de mãe/pai é por natureza preocupado, sofredor mas que é o coração que mais ama outro ser.
Mãe, minha querida mãe, perdoa-me a minha inconsciência de jovem que pensa dominar o mundo, que se julga invencível e acima de todas as desgraças que aconteciam a outros jovens como eu.
Mãe, hoje sou mãe, e não precisarás de me dizer mais nada pois o meu coração já sabe o que o teu coração sente...
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Já tínhamos percebido...
"Era uma obrigação minha ser tão claro quanto possível. Embora o meu talento para ser claro fosse manifestamente limitado."
A perder o meu bebé à velocidade da luz...
Eu: "Tu és o meu bebé!"
Alice: "Não, mãe! Eu sou uma menina "quescida"!"
Pronto, aos 25 meses, já sem usar biberão há um mês, ainda usando fralda e chucha, perdi o meu bebé.
Alice: "Não, mãe! Eu sou uma menina "quescida"!"
Pronto, aos 25 meses, já sem usar biberão há um mês, ainda usando fralda e chucha, perdi o meu bebé.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Será que é porque hoje se celebra o amor...
... e que querendo ou não parece que somos levados pela corrente?
E em tantos dias penso, imagino e depois calo-me. Calo-me porque sim, porque não, porque logo chega algum problema ou distração ou mesmo por nenhuma razão especial.
Hoje pensei, imaginei e depois falei...
E em tantos dias penso, imagino e depois calo-me. Calo-me porque sim, porque não, porque logo chega algum problema ou distração ou mesmo por nenhuma razão especial.
Hoje pensei, imaginei e depois falei...
É sexta-feira...
... mas por todo o lado só se vê corações.
Aqui não será excepção!
Aqui não será excepção!
Sim, sou do grupo das que dizem que não comemoram. Mas sou completamente a favor do amor!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Surpresa
É o que sentes quando te vês no teu blog preferido...
E pensas: "Ela sabe que eu existo!" qual adolescente que está perante o seu cantor de música preferido.
E pensas: "Ela sabe que eu existo!" qual adolescente que está perante o seu cantor de música preferido.
Zona do Porto - Workshop Auto Maquilhagem
Eu só precisava de estar uns 2500 kms mais perto. Quem quiser e estiver por perto...
O dia chegará...
... mas nem sempre quando o desejamos. E eu que tanto acredito na força do universo sei que o dia chegará não quando eu mais o desejar mas quando todos estaremos preparados para tal... será na altura precisa em que tem de começar a acontecer...
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Como eu gosto desta mulher!!
Para ler melhor clicar na imagem ou aqui: http://mumstheboss.blogspot.pt/2014/02/a-questao-dos-limites-visto-de-outra.html
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Loucas são as noites...
... que passo sem dormir. Loucas são as noites...
Perdi a conta das vezes que me levantei a noite passada. Até à 1h da manhã estive no sofá e devo ter subido e descido as escadas umas 10 vezes em intervalos de 10, 20 ou 30 minutos, desde as 20h20. Depois da 1h da manhã o percurso foi mais reduzido porque fui para o quarto e deve ter sido mais umas 5 ou 6 vezes.
Sabe bem, muito bem depois de uma semana a dormir noites seguidas até às 6h da manhã, voltar a acordar de instante a instante a chamar por mim para não me fazer esquecer que nada é definitivo e garantido.
Perdi a conta das vezes que me levantei a noite passada. Até à 1h da manhã estive no sofá e devo ter subido e descido as escadas umas 10 vezes em intervalos de 10, 20 ou 30 minutos, desde as 20h20. Depois da 1h da manhã o percurso foi mais reduzido porque fui para o quarto e deve ter sido mais umas 5 ou 6 vezes.
Sabe bem, muito bem depois de uma semana a dormir noites seguidas até às 6h da manhã, voltar a acordar de instante a instante a chamar por mim para não me fazer esquecer que nada é definitivo e garantido.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
A partilha lá em casa
A partilha lá em casa é uma pequena batalha que travamos. Acho que é uma batalha levada mais a sério pelo pai que por mim. Ele insiste bastante com a Alice para partilhar, para não tirar nada das mãos dos outros, etc, etc. Eu faço semelhante, talvez mais consciente das limitações de uma criança de 2 anos, ciente que a partilha para eles não é algo que possa ser apreendido e compreendido nesta fase.
Ao ler outros blogs, vejo algo que vem ao encontro do que já ouvi noutros lugares, da boca de outros especialistas e que nunca é demais reforçar porque nem sempre, nós pais, nos lembramos que há comportamentos e atitudes que não chegam apenas porque os repetimos em voz alta vezes sem conta, porque os repreendemos ou castigamos. Há comportamentos que chegam quando o cérebro de uma criança está preparado para o processar e reproduzir.
Com isto não quero dizer que não se deva chamar à atenção, intervir ou explicar o que deve ser feito. Mas digo que devemos compreendê-los, dar-lhes tempo e aceitar esse comportamento como perfeitamente normal e não rotulá-los de egoístas, de não saberem partilhar, de quererem tudo para eles.
Saber partilhar é uma competência importante para nos relacionarmos com os outros. Contudo, os pais não devem estar à espera de que a criança compreenda completamente a “partilha” até cerca dos 4 anos. Aprender a partilhar leva tempo. É importante apoiar a criança nesta aprendizagem, mas atendendo ao que é capaz.
O que a criança precisa de aprender para partilhar?
Ao ler outros blogs, vejo algo que vem ao encontro do que já ouvi noutros lugares, da boca de outros especialistas e que nunca é demais reforçar porque nem sempre, nós pais, nos lembramos que há comportamentos e atitudes que não chegam apenas porque os repetimos em voz alta vezes sem conta, porque os repreendemos ou castigamos. Há comportamentos que chegam quando o cérebro de uma criança está preparado para o processar e reproduzir.
Com isto não quero dizer que não se deva chamar à atenção, intervir ou explicar o que deve ser feito. Mas digo que devemos compreendê-los, dar-lhes tempo e aceitar esse comportamento como perfeitamente normal e não rotulá-los de egoístas, de não saberem partilhar, de quererem tudo para eles.
Saber partilhar é uma competência importante para nos relacionarmos com os outros. Contudo, os pais não devem estar à espera de que a criança compreenda completamente a “partilha” até cerca dos 4 anos. Aprender a partilhar leva tempo. É importante apoiar a criança nesta aprendizagem, mas atendendo ao que é capaz.
O que a criança precisa de aprender para partilhar?
Aprender a partilhar leva tempo porque existem uma série de coisas para aprender. É preciso conseguir controlar o impulse de tirar as coisas aos outros, conseguir perceber o ponto de vista de outras crianças, perceber o tempo suficientemente bem para conseguir aceitar que não faz mal esperar um pouco para ter o que ser quer e ser capaz de falar suficientemente bem para negociar quem fica com o quê e quando.
Mas afinal o que sabem as crianças sobre partilhar?
Aos dois anos a criança só sabe que quer qualquer coisa e que a quer agora! A criança pode ainda nem perceber bem as noções de pertença e achar que tudo é seu. Às vezes pode até entender que tem umas regras um pouco estranhas, como: “É meu porque eu quero” ou “Quero porque tu o tens”.
Pelos 3 anos, a criança está em plena fase de treinar a partilha. As crianças podem até passar bastante tempo a decidir quem vai ficar com que brinquedo, quem faz o quê e quem pode brincar. Mas às vezes é difícil.
A partir dos quatro anos, a criança consegue emprestar e trocar melhor e gosta de dar e receber.
Na íntegra aqui: http://oreivainublog.blogspot.pt/2013/11/nao-sei-partilhar.html
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