24.07.2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Será normal?
Uma barriga a crescer, caibras quase todas as noites, pernas mais inchadas e pesadas, gemidos associados a movimentos que nada têm a ver com o prazer humano e... no entanto, uma vontade de fazer exercício, esticar músculos e sentir-me mais ativa.
"Deus meu, para o ano, mata-me num dia e faz-me ressuscitar no dia seguinte assim... pode ser nua, não te peço roupas de marca, apenas um corpo de qualidade. Juro que deito fora todos os pacotes de papa que encontrar no armário."
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Isto sim é cabelo, pode ser parolo mas eu prefiro dizer que tem personalidade...
Este cabelo é rebelde, tem vida própria, manda na sua dona e restante família, resiste a água e escova e vai apenas para o lado que quer, cada fio escolhe a sua direção.
A sua dona nem tem 1 metro mas é feliz. Adora cantar, dançar e rir. O que mais gosta de fazer é andar descalça. Quer dançar ballet e ser Dj. Os seus pais, em certas alturas, ficam de cabelo em pé também mas dizem que são felizes, que a vida lhes corre bem porque não ambicionam grandes coisas. Gostam de estar com a família, beber um bom vinho e partilhar momentos.
Nenhum deles é dotado de grande beleza ou elegância (diz a mãe que a sua filha é a mais linda do mundo mas ela é suspeita). Têm problemas e chatices mas vivem de bem com a vida, a vida que escolheram e constroem dia após dia.
A minha felicidade vem em pacotes
Comi quando era criança e adolescente (anos 80). Reencontrei-as na altura mais feliz da minha vida, aquando dobrava de tamanho físico porque gerava um outro ser humano que se chamaria Alice. Desapareceram ainda a Alice não andava e parte de mim desapareceu com elas, o peso acrescido. Foram tempos difíceis mas quando se é mãe, tudo o que não diz respeito aos nossos rebentos tem uma dimensão mais reduzida.
A semana passada, numa viagem de férias a uma ilha vizinha, num supermercado comum, dou de caras com elas. Soltei um grito de alegria. A minha prima que se encontrava de costas a escolher alguma coisa pouco importante quando comparado com a minha descoberta virou-se de rompante e disse: "Ah! Que susto!! Está tudo bem?" Quando expliquei que tinha encontrado o semelhante ao Santo Graal para os católicos ela respondeu: "Ai... que susto! Por momentos pensei que te tinham rebentado as águas..."
Aí tomei consciência que a minha expressão de felicidade foi um pouco mais efusiva do que realmente me tinha apercebido.
A semana passada, numa viagem de férias a uma ilha vizinha, num supermercado comum, dou de caras com elas. Soltei um grito de alegria. A minha prima que se encontrava de costas a escolher alguma coisa pouco importante quando comparado com a minha descoberta virou-se de rompante e disse: "Ah! Que susto!! Está tudo bem?" Quando expliquei que tinha encontrado o semelhante ao Santo Graal para os católicos ela respondeu: "Ai... que susto! Por momentos pensei que te tinham rebentado as águas..."
Aí tomei consciência que a minha expressão de felicidade foi um pouco mais efusiva do que realmente me tinha apercebido.
Supermercado Guarita - Farinha 33 - 1,32€
Há 3 anos atrás comprava no Supermercado Manteiga a 1,75€
P.S. Na mala vieram 5 pacotes de papa. Calma que o prazo de validade é até 2017. Terei sempre a minha prima para me ir enviando uns pacotes em contrabando.
A normalidade pode ser um enorme feito à paisana
Pai falando ao telefone com a sua mãe. Alice pede para falar com a avó e a primeira coisa que lhe diz é: "Oh, vó pode ir ao Skype pa te vê? Pode?"
Não é mentira nenhuma que aos olhos dos pais, a maior banalidade faz-nos crer que os nossos filhos são pequenos génios, uns sobredotados não diagnosticados pelos incompetentes dos médicos.
Não é mentira nenhuma que aos olhos dos pais, a maior banalidade faz-nos crer que os nossos filhos são pequenos génios, uns sobredotados não diagnosticados pelos incompetentes dos médicos.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Como sabes que a tua barriga está a crescer muito?
Se receberes um telefonema de casa a dizer: "Já peguei em 4 blusas tuas e todas elas têm uma nódoa na zona da barriga!"
Antes caía nas calças e não se notava... agora é mais difícil passar despercebido.
Antes caía nas calças e não se notava... agora é mais difícil passar despercebido.
As férias dão cabo de qualquer um...
Alice chega a casa depois de uma semana de férias e dorme a sua sesta das 13h30 às 19h. 5h30m seguidos. Bateu o record das 5h.
Tinha que chegar o dia...
Via as outras mães e não mães a terem blogues, a ganharem fama e, com isso, a ganharem os seus comentadores pequenos que procuram em cada palavra, em cada imagem uma razão para diminuírem o seu autor.
Nunca tal me tinha acontecido... Ou os meus seguidores são muito simpáticos (que são), acho que os outros abrem e fecham a página porque este espaço não lhes interessa (mais que justo), ou mantiveram-se em silêncio em todas as vezes que discordavam de algo. Bem, na verdade, quando discordavam exponham o seu ponto de vista de uma forma educada e adulta. Fizeram-me pensar e repensar...
Hoje abro e vejo um comentário que me atinge a mim e indiretamente à minha filha, uma vez que ela está transformada numa parolíssima porque a sua mãe não a sabe vestir nem a pentear (confesso que na última parte há um fundo de verdade, uma vez que o cabelo dela parece ter sido cortado numa praxe académica, já o disse em outras alturas. Balanço entre o corto não corto, quando a própria cabeleireira aconselhou a deixar crescer para depois cortar. Talvez aguente até ao final do verão.)
É uma opinião, tão válida como as que possam achar que visto muito bem a minha filha. O que já não a torna tão válida é a forma como as pessoas dizem as coisas, detentoras das suas verdades, verdades essas que se sobrepõem à verdade de qualquer outra pessoa.
Eu também não aprecio as crianças que ficam carregadas de folhos, capuchos com orelhas, fitas em todos os membros combinando com todos os outros elementos da família. Em algumas situações acho um exagero mas respeito as decisões das outras mães e pais e não os acuso de serem uma família de parolos (porque nem o considero).
Enfim, mais de 4 anos na blogosfera e recebo o meu primeiro comentário negativo (é uma boa estatística).
Nunca tal me tinha acontecido... Ou os meus seguidores são muito simpáticos (que são), acho que os outros abrem e fecham a página porque este espaço não lhes interessa (mais que justo), ou mantiveram-se em silêncio em todas as vezes que discordavam de algo. Bem, na verdade, quando discordavam exponham o seu ponto de vista de uma forma educada e adulta. Fizeram-me pensar e repensar...
Hoje abro e vejo um comentário que me atinge a mim e indiretamente à minha filha, uma vez que ela está transformada numa parolíssima porque a sua mãe não a sabe vestir nem a pentear (confesso que na última parte há um fundo de verdade, uma vez que o cabelo dela parece ter sido cortado numa praxe académica, já o disse em outras alturas. Balanço entre o corto não corto, quando a própria cabeleireira aconselhou a deixar crescer para depois cortar. Talvez aguente até ao final do verão.)
É uma opinião, tão válida como as que possam achar que visto muito bem a minha filha. O que já não a torna tão válida é a forma como as pessoas dizem as coisas, detentoras das suas verdades, verdades essas que se sobrepõem à verdade de qualquer outra pessoa.
Eu também não aprecio as crianças que ficam carregadas de folhos, capuchos com orelhas, fitas em todos os membros combinando com todos os outros elementos da família. Em algumas situações acho um exagero mas respeito as decisões das outras mães e pais e não os acuso de serem uma família de parolos (porque nem o considero).
Enfim, mais de 4 anos na blogosfera e recebo o meu primeiro comentário negativo (é uma boa estatística).
Num espaço tão pessoal como este, com uma exposição que se pode tornar excessiva, é mais que natural que nos tenhamos de sujeitar à opinião (nem sempre agradável) dos outros. Admira-me sim que tenha levado tanto tempo...
P.S. Um pequeno reparo, a minha filha como só tem 2 anos e meio está muito longe de ser parola. No máximo, será a mãe (que a veste e escolhe a sua roupa quase todos os dias) uma grande e verdadeira parola, uma vez que ela ainda não consegue revelar bom ou mau gosto.
Serviço público de informação:
Blogues cheios de pinta, com filho(a)s nada parolos, super estilosos e de meter inveja ao mais exigente público:
http://babycarlota.blogspot.pt/ (este para mim é líder)
domingo, 27 de julho de 2014
3 gerações
Primeiro a minha mãe com uma amiga que seria uma "irmã". Depois chegaram os filhos delas e uma amizade que não teve fim. As filhas tornaram-se primas de coração, as mães tias e madrinhas, e a amizade a saltar gerações.
As filhas cresceram e elas próprias tiveram as suas filhas. Essa amizade é passada de coração em coração...
As filhas cresceram e elas próprias tiveram as suas filhas. Essa amizade é passada de coração em coração...
quinta-feira, 24 de julho de 2014
sexta-feira, 18 de julho de 2014
O "dad" cá de casa
O pai cá de casa não ajuda,
O pai cá de casa não aparece quando chamo por ele,
O pai cá de casa não acha que me deve ajudar a trocar fraldas e a dar comida à filha,
O pai cá de casa não se acha um complemento da mãe,
O pai cá de casa não sente que deve partilhar de alguns momentos da vida da filha,
O pai cá de casa não sente que precisa de abdicar de tempo só seu para ela,
porque o pai cá de casa...
é parte integrante, está sempre presente, troca fraldas e dá comida não porque lhe peço mas porque se sente pai, não se acha um complemento, acha-se parte fundamental, não quer partilhar alguns momentos, quer todos os momentos com a filha, não, nunca sentiu que abdicava de tempo para ela, sempre sentiu que o tempo dele era quase todo dela.
A barriga a crescer e ele a dizer: "Quando fores trabalhar fico com ela em casa!" Eu feliz da vida mas pensando: "Sim, sim... deixamos passar uns meses e talvez para a creche com 1 ano."
A barriga cresceu e depois diminuiu e cá fora a nossa linda e doce filha. Durante 4 meses nós os 3. Depois a ida para o trabalho e os 2 em casa sozinhos. Mandava mensagens a cada hora, ligava umas 3 ou 4 vezes ao dia. Nunca soltou um suspiro do outro lado, nunca disse que não ia conseguir, nunca exclamou "Chama a tua mãe!", nunca suplicou: "Põe atestado ou liga para um creche!".
Os meses deram lugar aos anos e já se passaram 2 anos e 6 meses.
Setembro à porta e um novo filho já à janela. Ela já crescida, um novo bebé a precisar de colo e a questão coloca-se novamente: "Vamos colocar a Alice em Setembro na escola?" A decisão era toda dele, não o poderia obrigar a ficar com os dois, mais que aceitável que ele dissesse: "Alice escola e eu fico com o que chegará!" ou mesmo "Já atingi o meu limite, os 2 para a creche!" Ia-me custar... muito... principalmente o mais pequeno que não teria os privilégios que a irmã tinha tido: um pai todinho para ele!
Mas a resposta foi aquela que desejava, a que esperava dele: "Fico com os dois."
Sim, o pai cá de casa, é pai de sangue, de coração, de corpo e de alma. Pai de nome, de suor e tempo. Pai grande, pai presente, pai que diz que é, sendo-o com tudo o que pode acarretar.
Sim, tem essa possibilidade que muitos não têm. Sim, decidiu gerir a sua vida profissional com uma filha ao colo quando trabalha no computador, com uma filha no carrinho quando o que resolve é fora de casa, com uma filha a dormir quando precisa de respirar fundo ou fazer coisas com mais concentração.
Sim, tem essa possibilidade mas quantos pais não as tem? Quantas mães não as tem e decidem conscientemente delegar essa função numa instituição.
Cada família é uma família. A nossa família não é perfeita, mas o meu coração diz que é a mais perfeita que conseguimos.
Post feito a propósito disto: http://avidaa4d.blogspot.pt/2014/07/reflexao-para-todos-os-pais.html
O pai cá de casa não aparece quando chamo por ele,
O pai cá de casa não acha que me deve ajudar a trocar fraldas e a dar comida à filha,
O pai cá de casa não se acha um complemento da mãe,
O pai cá de casa não sente que deve partilhar de alguns momentos da vida da filha,
O pai cá de casa não sente que precisa de abdicar de tempo só seu para ela,
porque o pai cá de casa...
é parte integrante, está sempre presente, troca fraldas e dá comida não porque lhe peço mas porque se sente pai, não se acha um complemento, acha-se parte fundamental, não quer partilhar alguns momentos, quer todos os momentos com a filha, não, nunca sentiu que abdicava de tempo para ela, sempre sentiu que o tempo dele era quase todo dela.
A barriga a crescer e ele a dizer: "Quando fores trabalhar fico com ela em casa!" Eu feliz da vida mas pensando: "Sim, sim... deixamos passar uns meses e talvez para a creche com 1 ano."
A barriga cresceu e depois diminuiu e cá fora a nossa linda e doce filha. Durante 4 meses nós os 3. Depois a ida para o trabalho e os 2 em casa sozinhos. Mandava mensagens a cada hora, ligava umas 3 ou 4 vezes ao dia. Nunca soltou um suspiro do outro lado, nunca disse que não ia conseguir, nunca exclamou "Chama a tua mãe!", nunca suplicou: "Põe atestado ou liga para um creche!".
Os meses deram lugar aos anos e já se passaram 2 anos e 6 meses.
Setembro à porta e um novo filho já à janela. Ela já crescida, um novo bebé a precisar de colo e a questão coloca-se novamente: "Vamos colocar a Alice em Setembro na escola?" A decisão era toda dele, não o poderia obrigar a ficar com os dois, mais que aceitável que ele dissesse: "Alice escola e eu fico com o que chegará!" ou mesmo "Já atingi o meu limite, os 2 para a creche!" Ia-me custar... muito... principalmente o mais pequeno que não teria os privilégios que a irmã tinha tido: um pai todinho para ele!
Mas a resposta foi aquela que desejava, a que esperava dele: "Fico com os dois."
Sim, o pai cá de casa, é pai de sangue, de coração, de corpo e de alma. Pai de nome, de suor e tempo. Pai grande, pai presente, pai que diz que é, sendo-o com tudo o que pode acarretar.
Sim, tem essa possibilidade que muitos não têm. Sim, decidiu gerir a sua vida profissional com uma filha ao colo quando trabalha no computador, com uma filha no carrinho quando o que resolve é fora de casa, com uma filha a dormir quando precisa de respirar fundo ou fazer coisas com mais concentração.
Sim, tem essa possibilidade mas quantos pais não as tem? Quantas mães não as tem e decidem conscientemente delegar essa função numa instituição.
Cada família é uma família. A nossa família não é perfeita, mas o meu coração diz que é a mais perfeita que conseguimos.
Maio de 2012
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Consulta das 22 semanas
O médico continua a falar dos meus valores e como ficou espantado quando o resultado veio revelar-se que tudo não passou de umas semanas de susto...
22 semanas de gestação/a entrar no 6ºmês:
Bebé já conta com 526gr (dentro dos valores normais) e a mãe já conta com 63kg (4 kg a mais desde o início da gravidez). A tensão arterial é sempre a mesma 100/70.
Sintomas normais, cansaço acrescido, pernas e pés a ressentirem-se, necessidade de abrandar o ritmo e aproveitar mais o que poderá ser a minha última gravidez.
Apresento-vos o meu rapazinho:
22 semanas de gestação/a entrar no 6ºmês:
Bebé já conta com 526gr (dentro dos valores normais) e a mãe já conta com 63kg (4 kg a mais desde o início da gravidez). A tensão arterial é sempre a mesma 100/70.
Sintomas normais, cansaço acrescido, pernas e pés a ressentirem-se, necessidade de abrandar o ritmo e aproveitar mais o que poderá ser a minha última gravidez.
Apresento-vos o meu rapazinho:
Apaixonei-me por um vestido
Vestido e bolero - Mayoral Chic
Loja Guinor em Ponta Delgada
Casamento em Outubro. Filha vestida, a mãe estará do tamanho de um planeta e levará o seu melhor lençol.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Amiga
Na segunda-feira um telefonema surpresa, uma amiga de longa data que chegava para uma formação de 3 dias, um reencontro passado quase um ano de nos vermos. Uma felicidade por estar com ela que mora no meu coração desde o primeiro dia que nos conhecemos. Muitas histórias partilhadas, todas elas com tantas e tantas gargalhadas.
Apesar de ser uma pessoa que me diz muito, que é deveras importante para mim, vivemos em ilhas separadas, passamos meses sem nos falar mas sempre que falamos, sempre que nos vemos não sentimos a ausência desses dias ou dessas conversas, não há silêncios nem constrangimentos e tudo acontece como se nunca nos tivéssemos separado fisicamente.
Estar com ela nestes 3 dias, mesmo sendo apenas no final dos dias, é voltar a rir, é recordar histórias, é falar de pessoas que já não vejo, é partilharmos um pouco das nossas vidas com alguém que nos é muito, muito querido.
Hoje já parte... mas para a semana sou eu que vou ao seu encontro.
Apesar de ser uma pessoa que me diz muito, que é deveras importante para mim, vivemos em ilhas separadas, passamos meses sem nos falar mas sempre que falamos, sempre que nos vemos não sentimos a ausência desses dias ou dessas conversas, não há silêncios nem constrangimentos e tudo acontece como se nunca nos tivéssemos separado fisicamente.
Estar com ela nestes 3 dias, mesmo sendo apenas no final dos dias, é voltar a rir, é recordar histórias, é falar de pessoas que já não vejo, é partilharmos um pouco das nossas vidas com alguém que nos é muito, muito querido.
Hoje já parte... mas para a semana sou eu que vou ao seu encontro.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Primeira profissão da Alice
Conversa vinda do nada, estando eu na sala a fazer qualquer coisa e ela que se aproxima de mim e diz: "Mãe a Alice não qué sê uma princexa! A Alice qué sê Dj!"
Eu ri-me, espantada com a conversa e achando que ela não saberia o que era um Dj. Pergunto-lhe: "Ah sim, mas o que faz um Dj?"
Ela responde pronta: "Música! A Alice qué sê Dj."
Esta será a primeira de muitos projetos profissionais que passarão pela sua sonhadora cabecinha.
Eu ri-me, espantada com a conversa e achando que ela não saberia o que era um Dj. Pergunto-lhe: "Ah sim, mas o que faz um Dj?"
Ela responde pronta: "Música! A Alice qué sê Dj."
Esta será a primeira de muitos projetos profissionais que passarão pela sua sonhadora cabecinha.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Uma segunda gravidez é tão diferente
As minhas colegas queixam-se que não ando a exibir a minha barriga, que não entro nos gabinetes a falar do meu bebé, que não faço conversa sobre o bebé, que não falo em supostos nomes, que não faço graças e ando a rodopiar pelos corredores como fazia quando estava grávida da Alice.
Não, não faço nada disso. Se pensar quais as razões, talvez indique algumas... Foi totalmente desejado como o primeiro contudo, os sustos iniciais de saber se levaria esta gravidez até ao fim mantiveram-me em suspenso, em quebrar um pouco o elo de ligação. Uma defesa minha para sobreviver à suspeita do pior cenário. Depois tenho uma menina de 2 anos e meio que me suga energia e tempo fazendo com que os dias passem correndo. Além disso, já quase nada é novidade, surpresa.
É uma gravidez boa, desejada, mas menos focada nela, mais virada para o futuro, adiando toda a magia para depois do nascimento. A Alice continua no centro das atenções. Ela pede-nos e exige-nos tempo para brincar, para cuidar, para passear. Este menino não me pede nada. Este menino espera apenas por alimento, conforto e descanso para poder crescer e entrar nesta família.
Ainda não pensei em nomes. Ainda não pensei em nada logístico para a sua chegada. Ainda não imaginei como será o seu rosto, se parecido com a irmã, com o pai ou a mãe.
Sei uma coisa, chegará mais rápido do que a irmã, sem darmos conta estará nos nossos braços, sem darmos conta a nossa família terá crescido em tamanho, em amor, em alegria e em cansaço.
P.S. Já não existe o esticar as pernas depois do trabalho. Já não existe a soneca ao fim da tarde para restabelecer forças. Já não existem os passeios pelas montras das lojas a ver e comprar coisas de bebé. Já não existe o dormir só mais um pouco. Já não existem banhos de imersão. Já não existe o "vou ver um filme à hora que me apetecer". Já não existe o "adoro-te meu sofá". Já não existe o "finjam que morri e deixem-me ficar algum tempo sem sequer pestanejar".
Não, não faço nada disso. Se pensar quais as razões, talvez indique algumas... Foi totalmente desejado como o primeiro contudo, os sustos iniciais de saber se levaria esta gravidez até ao fim mantiveram-me em suspenso, em quebrar um pouco o elo de ligação. Uma defesa minha para sobreviver à suspeita do pior cenário. Depois tenho uma menina de 2 anos e meio que me suga energia e tempo fazendo com que os dias passem correndo. Além disso, já quase nada é novidade, surpresa.
É uma gravidez boa, desejada, mas menos focada nela, mais virada para o futuro, adiando toda a magia para depois do nascimento. A Alice continua no centro das atenções. Ela pede-nos e exige-nos tempo para brincar, para cuidar, para passear. Este menino não me pede nada. Este menino espera apenas por alimento, conforto e descanso para poder crescer e entrar nesta família.
Ainda não pensei em nomes. Ainda não pensei em nada logístico para a sua chegada. Ainda não imaginei como será o seu rosto, se parecido com a irmã, com o pai ou a mãe.
Sei uma coisa, chegará mais rápido do que a irmã, sem darmos conta estará nos nossos braços, sem darmos conta a nossa família terá crescido em tamanho, em amor, em alegria e em cansaço.
P.S. Já não existe o esticar as pernas depois do trabalho. Já não existe a soneca ao fim da tarde para restabelecer forças. Já não existem os passeios pelas montras das lojas a ver e comprar coisas de bebé. Já não existe o dormir só mais um pouco. Já não existem banhos de imersão. Já não existe o "vou ver um filme à hora que me apetecer". Já não existe o "adoro-te meu sofá". Já não existe o "finjam que morri e deixem-me ficar algum tempo sem sequer pestanejar".
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Parece-me que pai e filha foram às compras...
A meio da manhã recebo o seguinte email com o título de urgente (uma pessoa até fica com o coração nas mãos):
Sou viciada há 2 anos, 6 meses e 3 dias...
"Olá, o meu nome é Cláudia e sou viciada na minha filha há 2 anos, 6 meses e 3 dias. Não falo nela a ninguém há cerca de 2 horas e não mostro uma foto dela a ninguém há mais de 24 horas."
Nunca fui uma rapariga que sonhou ser mãe, ter filhos para uma realização pessoal de vida. Era livre, desprendida de instintos maternais e não conseguia achar graça a nenhum bebé que não conseguisse construir frases com mais de 4 ou 5 palavras, ou seja, tudo o que tivesse menos de 3 ou 4 anos. As fotos que os pais tinham nas suas carteiras parecia-me um pouco excessivo. Todas as proezas que contavam dos seus filhos parecia-me sempre pouco como se todos os bebés nascessem a falar, andar e cantar.
Sonhava viajar o mundo, correr as noites largando gargalhadas e dançando em todas as pistas. Sonhava conhecer meio mundo, encontrar caras desconhecidas e construir conversas do nada. Queria uma vida de estudo e muito trabalho. Ser a melhor na minha carreira profissional.
Sabia e tinha (quase) a certeza que seria feliz assim, afinal já o era feliz assim, porque não assim a vida toda.
Amores e desamores passavam e não ficavam. Um novo dia, lágrimas enxutas porque o sol nasce de novo para todos os que se atrevem a levantar a cabeça da almofada e a abrir as cortinas do quarto.
Um amor que chega, que fica e vai ficando. Uma conversa de filhos adiados num futuro. Um futuro que se torna presente e uma vontade de saber se é verdade o que realmente todos os pais apregoam: "Ter filhos é a melhor coisa do mundo!" Eu sabia que devia ser verdade, afinal tinha um mundo quase inteiro a dizer o mesmo, só podia ser verdade.
Sim, quero ser mãe! Sabia e sentia que se desse esse passo ia ser uma boa mãe, atenta, cuidadosa, sem fotografias dela na carteira e sem falar nela em cada palavra que saísse da minha boca mas ainda assim uma boa mãe, razoável ou dentro dos padrões aceitáveis socialmente (fosse lá o que isso significasse).
O teste de gravidez e o começo de tudo. Não chorei quando vi os dois riscos ficarem cor-de-rosa e pensei: "Ah... não vou ser uma piegas. Todas as mulheres dizem que choram quando vêm o resultado." Estava safa e livre.
A barriga a crescer e as hormonas a invadirem todo o meu ser. A primeira ecografia e o som do coração daquele pequeno ser a bater dentro de mim. Mais uma vez não chorei. Sim, estava feliz mas sem lágrimas. Afinal eu continuava a ser quem eu sempre tinha sido. A maternidade chegaria de mansinho e sem mossas de maior.
Novas ecografias, é menina. Sim, a minha preferência mas nada de choros.
Chega o dia. Mais de 24 horas em trabalho de parto. Ela, finalmente nasce e a única vez que chorei foi quando o médico disse, ao fim tantas e tantas horas, que seria cesariana. "Não... vamos esperar! Quero um parto normal!"
Aquele amor que surge ao vermos o nosso filho, aquela emoção que nos sufoca, aquela sensação de amor incondicional... não, não sei o que isso é. Falo do que vi nos filmes e do que me contaram. Comigo, sim, uma felicidade mas um cansaço tremendo, algum receio de não ser capaz, um choro estridente de 2 horas seguidas (o dela, não o meu, só chorei quando ouvi cesariana da boca do médico, já disse?) e dormir a primeira noite com ela colada ao meu peito.
Pronto, sem saber entrava num vício tremendo, numa viagem alucinante que iria moldar todo o meu ser. Aquele minúsculo bebé que acolhia nos meus braços teria um impacto e força maiores do que toda a energia do universo, do que um mundo inteiro me levantasse em braços até aos céus. Aquele minúsculo bebé seria o meu oxigénio, a minha água, o meu alimento. Sem o saber, seria viciada nele, dia e noite em cada minuto da minha vida.
Já se passaram mais de 900 dias e o vício tornou-se mais controlado (julgo eu). Consigo passar horas seguidas sem a ver, sem a cheirar, sem ouvir a sua voz, nunca sem pensar ela. No início isso era impossível. Todo o meu corpo tremia com a falta de oxigénio e alimento.
Nunca, nunca em dias da minha vida, julguei transformar-me tanto.
Nunca, nunca em dias da minha vida, julguei que ter fotos dos filhos nas carteiras é pouco quando a vontade é de andar na rua de cartaz na mão e falar deles a todos os que se cruzam connosco.
Nunca, nunca em dias da minha vida, julguei que um passo dela, um sorriso, uma fralda com cocó, uma sopa comida sem respingar paredes fosse algo digno de constar no Livro de Recordes do Guiness.
Nunca, nunca em dias da minha vida, julguei ser possível um enamoramento e paixão constante 24 sob 24 horas em relação a outro.
Nunca, nunca, em dias da minha vida, julguei que outro ser, fosse ser dono de mim por inteiro.
"Olá, meu nome é Cláudia, e assumo-me como viciada na minha filha. Tão viciada que vou aumentar a minha dose diária com um novo filho. Sim... acho que nunca me vou conseguir livrar desse vício. Apenas vou reaprender a viver com ele, a reencontrar-me como pessoa, quando ser mãe influencia todas as minhas decisões e caminhos."
Aqui, feliz como nunca o fui anteriormente e viciada há 9 meses.
Este post promove o amor sem contracetivos. Caso não pretenda procriar é favor passar em frente. Caso já o tenha lido, para si, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Cama da Alice
Hoje chega a cama da Alice depois de ter sido comprada em 2ª mão no OLX e ter passado quase 2 semanas numa oficina. O colchão foi comprado numa loja.
Estou ainda por saber o preço final da oficina e estou a fazer figas para não ter transformado o barato em caro... ainda mais quando B. disse: "Decide tudo tu!" Ele nunca (quase nunca) faz isso e quando o faz é porque tem quase a certeza que vou fazer burrada da grossa e vai poder atirar-me à cara que fui eu que tomei as decisões.
Que nervvvoooosss!!!
Além disso, a mudança da Alice do berço para a cama implica (já conversado com ela) deixar as chuchas para dormir (durante o dia já as deixou há meses). Ela diz que sim e dá pulos de contente mas deve andar como eu, cheia de nervos e disfarça com risos nervosos de que tudo vai correr bem quando andamos borradinhas de medo...
Estou ainda por saber o preço final da oficina e estou a fazer figas para não ter transformado o barato em caro... ainda mais quando B. disse: "Decide tudo tu!" Ele nunca (quase nunca) faz isso e quando o faz é porque tem quase a certeza que vou fazer burrada da grossa e vai poder atirar-me à cara que fui eu que tomei as decisões.
Que nervvvoooosss!!!
Além disso, a mudança da Alice do berço para a cama implica (já conversado com ela) deixar as chuchas para dormir (durante o dia já as deixou há meses). Ela diz que sim e dá pulos de contente mas deve andar como eu, cheia de nervos e disfarça com risos nervosos de que tudo vai correr bem quando andamos borradinhas de medo...
quarta-feira, 9 de julho de 2014
O desfralde da Alice...
... estende-se a toda a família.
Quando estou na casa de banho, sentada na sanita, num momento que antes era só meu, e tenho a Alice a lavar os dentes ou as mãos (sempre que lá vou ela inventa que também precisa de ir), ouve o som do xixi e começa logo a bater palmas e a gritar: "Boa, mãe!"
Nunca em dias da minha vida alguém fez uma festa ao meu xixi. A maternidade é um mundo de alegrias!
Quando estou na casa de banho, sentada na sanita, num momento que antes era só meu, e tenho a Alice a lavar os dentes ou as mãos (sempre que lá vou ela inventa que também precisa de ir), ouve o som do xixi e começa logo a bater palmas e a gritar: "Boa, mãe!"
Nunca em dias da minha vida alguém fez uma festa ao meu xixi. A maternidade é um mundo de alegrias!
Saídas de casa mais chatas
Há dias em que desde que a Alice acorda até eu colocar os pés fora de casa é um suplício com choros e queixumes.
Alice: "Mãeeeee... não toma banho! Outa vez tabalhá nãoooooo!"Era bom, era, que a opção fosse minha. Longe vão os dias em que dizia (burra) que mesmo com o euromilhões trabalharia todos os dias (já disse que era burra, solteira e sem filhos?).
Sei que bato a porta da rua e o queixume evapora-se entre desenhos animados ou brincadeiras com o pai para reaparecerem mal chego a casa com as suas primeiras palavras: "Eiihhhh, a mãe não vai tabalhá. Mãe, onde vamos?"
terça-feira, 8 de julho de 2014
Principalmente para os pais...
Embora se possa aplicar em muitos outros contextos, neste falo apenas no contexto entre pais e filhos, entre filhos e pais:
“Todo o ato é o ato de amor, ou um pedido de amor."
Stacey Morgenstern
2 anos e meio de mim contigo
E nunca em dias da minha vida achei que as conversas de amor incondicional que saíam da boca de quem já era mãe estivesse tão longe da realidade. É muito mais forte, é mais intenso e mais verdadeiro que alguma vez as palavras possam transmitir...
O sentido da vida ganha uma dimensão que, por vezes, nos deixa sem fôlego. É difícil, cansativo mas o melhor que podemos sentir/ter na nossa existência.
O sentido da vida ganha uma dimensão que, por vezes, nos deixa sem fôlego. É difícil, cansativo mas o melhor que podemos sentir/ter na nossa existência.
segunda-feira, 7 de julho de 2014
A meio caminho...
A única altura da vida de uma mulher em que ver a barriga crescer nos faz sorrir em vez de chorar...
20 semanas (faltam outras 20)
Subscrever:
Mensagens (Atom)