Liguei ao meu irmão mais velho. A hipótese só podia ser casa dos meus pais porque o meu sobrinho tem um aniversário às 15h e um piquenique implica sempre passeio, churrasco e liberdade de horários.
B, vira-se para mim e diz: "No nosso tempo era um penar para que pudermos ir a algum lado porque primeiro estava o compromisso dos nossos pais. Hoje em dia são os pais que gerem a sua vida consoante a agenda social dos filhos. Quando chegar a vez da Alice... não vou deixar de fazer as coisas porque ela tem mais uma festa de aniversário da escola." (adaptado porque me esqueço das palavras certas. Estou grávida)
Eu respondo-lhe: "O meu sobrinho estuda numa escola privada. Sempre que alguém faz anos convida a turma toda. A Alice, o mais certo é ir para uma escola pública, as festas são só para a família. Não vamos ter esses problemas."
Escolas à parte, a dimensão que as festas de aniversário que as crianças de hoje em dia têm, mesmo em tempos de crise... São espaços alugados, a turma toda presente fora amigos e família, os pula-pulas, os animadores, os bolos. Onde andará o bolo de iogurte, a cobertura caseira, as pipocas, a gelatina e o boca doce? A família da casa e os melhores amigos?
Ao menos a economia cresce! E nada como uma boa e grande festa de aniversário! ;)
3 comentários:
Nas minha festas de aniversário, e as dos meus irmãos, eram como as segundas que descreveste. Os meus pais é que faziam as sandes e os bolos e doces, só o bolo de aniversário é que era comprado. No fim das festas, a minha mãe ia encontrar bolos até por cima dos móveis!! (muita criança junta dá nisto). Mas era sempre uma felicidade!!
Sim, bolos por todo o lado e debaixo dos sofás ;)
Sou à moda antiga: a da economia. Ele convida quem quer, mas é em casa e eu é que faço quase tudo, tirando sumos e aperitivos. Há o mais importante: pipocas,gelatina e boca doce. E muita alegria.
Querem pular? Que pulem! Têm a cama para fazê-lo, desde que eu não veja :)
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