Ultimamente o António tem dado umas noites que me fazem relembrar quando tinha-o como recém-nascido (mas sem a parte de dar de mamar). Acorda várias vezes, chora, resmunga, grita.
A primeira reação que temos é de tentar encontrar uma explicação: estás constipado ou dormiu mal da tarde ou está a estranhar a cama que não é a dele ou dói-lhe alguma coisa ou não consegue respirar bem ou é a tosse que não o deixa dormir. Temos é que encontrar uma explicação para conseguirmos controlar e aguentar a noite.
Estes dias têm sido piores e, mesmo de dia, queixava-se da boca. Dentes já os tem todos. Tentei procurar por uma afta mas não consigo ver bem.
Aproveitei a brecha e achei que podia ser uma oportunidade para retirar a chucha (desde 1 ano ou mesmo só a usa na cama para adormecer).
Ontem foi a primeira noite. Confesso que estava com medo. Deitei-o, aconcheguei-o, dei-lhe o Mickey (queria dar-lhe um substituto) para abraçar, umas palmadinhas no rabo (a seu pedido) e lá ficou. Ficou tantas horas seguidas que, por volta da meia-noite fui ao quarto (sim, fui ver se respirava). O resto da noite devo-me ter levantado umas 3 vezes e saiu da cama perto das 6h da manhã. Sim, foi uma noite maravilhosa!! Nunca pediu chucha, não lhe dei chucha e penso manter-me no caminho.
Com a Alice foi fácil porque ela já falava muito com 2 anos, explica-se, dizia o que sentia e o que queria. O António diz meia dúzia de palavras. O fato de nem sempre conseguir comunicar o que quer aumenta a frustração dele e deixa-o muito birrento. Ponderei prolongar o uso da chucha devido a esta questão da linguagem mas acho que agora não vou voltar atrás. Se for necessário, se as noites forem mais complicadas, mudo o berço para o meu quarto nesta transição (como já o fiz em noites de estar muito congestionado do nariz e chorar constantemente pela tosse ou constipação), para o ter num esticar de braço.
Vamos ver o que nos reserva as próximas noites...
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