Nem sempre, na verdade, quase nunca tenho paciência para inventar jogos, para estar com adivinhas na hora de refeição. Às vezes só queria o silêncio ou que conversássemos sobre o dia em vez de estar com: a sopa levou cenoura ou levou courgettes? ou estou a ver uma coisa de plástico. É o jarro de água, a concha da sopa ou a marmita?
Anteontem à hora de jantar, a comer a sopa:
Alice: "Mãe vamos jogar um jogo de palavras!"
Eu, desejosa por uns minutos de silêncio e com o cérebro em modo poupança de energia, digo: "Oh Alice, a mãe está com uma dor de costas!"
Alice a rir: "Oh mãe!! Falas é com a boca e não com as costas! Podes jogar!"
Ontem à hora de jantar, para começar a sopa:
Alice: "Ai mãe, estou com uma dor de cabeça que nem posso com barulho. Preciso de silêncio." colocando as mãos sobre a cabeça
Eu a pensar que me estava a safar do jogo, aos pulos por dentro, mas com ar pesado: "Então, filha?"
Alice: "Hoje temos que jogar o jogo muito baixinho!"
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