Do outfitt só as meias, o laço e os ténis foram comprados por mim.
O resto é roupa de primas e de filhas de amigas do coração. Eu adoro e ela aprende desde muito cedo que as coisas têm mais valor quando partilhamos ao invés de promovermos o consumo desenfreado.
Quando lhe deixa de servir parte é devolvido (as que assim desejam de volta) e o resto segue rumo para a prima mais nova.
Eu fui criada assim, gosto de criar os meus filhos assim. Sem falar do conforto financeiro que se torna na gestão de um orçamento familiar.
8 comentários:
Cá por casa é exatamente igual. :)
Pois, mas eu gostava de saber é quem compra a roupa para depois os outros usarem e além disso a roupa usada raramente fica em bom estado, excepto roupa pouco utilizada. Acho também que as crianças devem aprender desde cedo a não viver com coisas dadas e sim com as possibilidades dos pais, e que quem não pode não deve ter filhos.
Percebo em parte o que diz e passo a explicar o que penso:
1. As crianças (até uns 9/10 anos) crescem muito rápido e a roupa deixa de servir num abrir e fechar de olhos, principalmente até os 3;
2. Muita roupa é pouca usada e, às vezes, nem chega a ser usada, principalmente no primeiro ano de vida;
3. Há pais que compram muita, muita roupa para os seus filhos, além de ainda receberem de avós e amigos;
4. Há roupa que fica muita usada e roupa que está nova quando deixa de servir.
Na minha experiência de mãe tive primas e amigas que quando foram mães compraram muita roupa e que gostam de dar ou emprestar por promoverem a partilha e acharem que era triste ficarem com roupa que foi pouco ou nada usada. Cheguei a receber delas roupa que nem a etiqueta de compram tinham tirado, logo, por usar.
Sempre comprei todo o calçado deles e roupa interior, a restante roupa, estimo que 30% seja comprado por mim e os restantes dados ou emprestado. Garanto que da Alice, salvo algumas exceções, a roupa vai quase nova.
Que as crianças devem aprender a viver segundo as possibilidades dos pais, concordo plenamente. Mas defendo a partilha, a passagem de roupa para familiares como se faz com irmãos, os brinquedos que vão deixando de servir às idades e ainda novos.
Aqui não está em causa ter-se dinheiro para vestir os filhos, aqui fala-se em partilha, reutilização e não tanto consumismo.
A Alice sabe o que é ter roupa comprada para ela, sabe o que é ter roupa que foi das primas e sabe que quando deixa de servir continuará a ser usada por outras em vez de ser arrumada numa caixa e não servir para mais nada.
Esta é a minha visão e forma de estar, não a imponho a ninguém (aos filhos, sim...) e aceito todas as outras como formas viáveis de se estar também.
P.S. Quem tem filhos (não sei se é o caso, acho que não mas posso estar redondamente errada) sabe o que é a roupa deixar de servir ainda nova ou por usar. É assim que se compra roupa para os outros usarem. E bem feliz fico quando alguém pode usar roupa que comprei e por alguma razão a Alice nunca usou ou só usou uma ou duas vezes. Faz-me sentir que não foi um gasto tão desnecessário. Mas isto sou eu, só eu...
Pois está enganada, tenho um filho com 4 anos e tenho que comprar toda a roupa dele (excepto quando ando às compras para ele e a avó quer oferecer), digo-lhe que a roupa do meu filho nunca fica nova e só ficou por utilizar roupa oferecida que eu não gostava/ficava bem. No primeiro ano de vida deram-me alguma roupa usada mas que não estava em bom estado de utilização, tipo calções muito desgastados com a lavagem, t-shirts e pólos com manchas e brancos encardidos e malhas e swets com borboto, ou seja praticamente não utilizei nada( fica tal e qual como a do meu filho quando já não serve), mas fico pior que estragada quando ouço alguém falar como se eu tivesse obrigação de dar a roupa que já não serve ao meu filho só porque sim, porque existem pais que têm dinheiro para tudo mas para comprar roupa para os filhos não. E atenção que eu não sou contra o dar mas sim dar peças que ficaram novas e a pessoas que precisam e merecem não é por obrigação de dar e para eu comprar e gastar o meu dinheiro e depois os outros andarem vestidos à minha custa. A roupa de bebé não tenho coragem de dar mas a de agora ponho em contentores das associações que fazer recolha de roupa para depois serem distribuídas a quem precisa.
Dito desta forma, entendo-a. Da primeira vez que escreveu deu a entender outro ponto de vista. Claro que dar roupa em mau estado, seria incapaz de o fazer. Acho também que meninos e meninas (em termos gerais) gastam a roupa de forma diferente. As brincadeiras deles faz com que estraguem mais roupa (no geral, claro). Além disso, acho que se tem a tendência de comprar mais para meninas que meninos, porque há mais variedade, mais combinações mais peças possíveis de vestuário. Com o António a minha experiência tem sido diferente. Já compro muito mais. Além disso, a Alice esteve em casa até quase aos 5 anos. Gastava pouca roupa. O António só agora começou, quase aos 3. Vou notar diferença.
Não sou de opinião que as pessoas devem dar a roupa que os filhos já não usam, tanto que podem ter mais filhos, podem querer guardar de recordação ou seja o que for. Apenas disse como eu era. Roupa deles até à data e que já não serve, guardei uma caixa plástica. O resto não quis guardar. Ainda tenho um saco grande para dar, roupa que inicialmente guardei e agora acho que não vale a pena guardar.
Obrigada pelos comentários. Não estou à espera que todos concordem comigo ou tenham a mesma visão do que eu (mas temos pontos de vista comuns no que diz). Obrigada por ter sido sempre educada na forma como expôs o seu ponto de vista. O que se vê, na maioria, é quem não concorda dizê-lo sempre de uma forma depreciativa e pouco educada.
Não sei me costuma acompanhar ou não, em todo o caso, bem vinda a este pequeno espaço de partilha.
Olá, sim costumo acompanhar mas não costumo comentar. O primeiro comentário foi escrito muito à pressa e sim podia dar a entender outra forma de pensar, mas é mesmo isto...é que os casos que me são próximos não são muito felizes( eu quando era pequena também vestia roupa das minhas primas que ficava nova e que achavam que eu poderia gostar e nunca me senti mal por isso pelo contrário), são casos que pedincham roupa e calçado inclusive roupa interior (eu era incapaz), são capazes de vestir os filhos com roupa inadequada à estação como pólos de algodão em pleno Inverno(cidade do interior de Trás-os-Montes com máximas de 6 e 7ºc) para não comprarem roupa mas gastam o dinheiro em tabaco, saídas à noite e grandes carros. E depois algumas pessoas de família chegada que nunca deram nada ao meu filho acharem que eu tinha obrigação de lhes dar aquilo que é do meu filho só porque sim e para elas não gastarem o dinheiro delas...Eu faço sacrifícios para poder comprar ao meu filho o que ele precisa em primeiro lugar e não acho que as outras pessoas tenham que me dar por obrigação, obrigação tenho eu de comprar, claro que se me derem eu agradeço e até posso poupar esse dinheiro ou comprar outra coisa também necessária mas nunca achar que alguém tem que me dar (seja novo ou usado) para eu não gastar...
Só mais um exemplo, existe nas minhas relações diárias uma mãe com um filho de 3 anos em que ela ganha o ordenado mínimo e o marido está desempregado, em que pedincham tudo o que é roupa a toda a gente, quando o miúdo precisa de calçado novo anda a pedir aos padrinhos, tios, avós a ver que cai com a oferta, nunca comprar roupa ao filho porque não pode, mas para tabaco há e para querer ter outro filho quando nem este tem condições para "criar" também. è isto que eu chamo querer viver à custa dos outros e dar aos filhos com os dinheiro dos outros...
As nossas vivências e experiências determinam e moldam a nossa forma de ser e estar. Acredito que tivesse eu essa experiência, faria o mesmo que faz e pensaria da mesma forma. Conheço pessoas com essas atitudes de sustentarem vícios mas não quererem sustentar filhos e isso deixa-me perplexa e indignada. Nunca tive vícios mas não me imagino, mesmo os tendo, coloca-los na frente das necessidades dos meus filhos.
Desejo-lhe muitas felicidades! Continue a fazer o que o seu coração lhe diz ;)
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