O tempo, o trabalho, as crianças e o tempo, o trabalho, as crianças.
Preocupações, tarefas, noites pequenas, uma otite, tosse, muita tosse, ranhosos, só ranhosos em miniatura.
O tempo, o trabalho, dias de férias a trabalhar, as crianças e o tempo.
Boas notícias, reconciliações, jantares há muito prometidos, conversas sérias e outras a brincar, abraços e beijos, chatices e discussões.
Revelações há muito esperadas. Tudo igual mas tudo bom. Carinho de amigas, uma corrente tão boa de solidariedade.
Gritos, muitos gritos. A tampa que salta muito facilmente. As crianças e as suas exigências. Os adultos e a sua falta de paciência. O tempo. É o tempo ou a paciência que por aqui não habitam?
Uma necessidade tão grande de me reequilibrar, de expulsar o grito fácil e tão pouco certeiro. Não resulta, eu sei que não resulta e mesmo assim, o grito que aqui habita, que divide a casa connosco qual visita que nunca mais se decide a ir embora. A vergonha em admitir que não o queremos aqui mas ao qual já nos habituamos. Não resulta!
Eu volto, aos poucos volto...
4 comentários:
Como a percebo!!! Este texto podia ser tão meu.
O equilibrio - sinto-me uma balança sempre a tentar equilibrar os pratos.
Os gritos e eu. Sei que não resultam, sei que é feio, sei que fico com a consciência pesada, sei que queria fazer diferente mas às vezes não consigo e há fases, em que este às vezes é muitas vezes.
Sempre a tentar e aos poucos vou (vamos) conseguindo.
beijinhos
Acho que somos muitas... ;) é preciso respirar mais vezes, é preciso nunca esquecer de quem é o adulto e quem é a criança. Não é fácil porque levamos para casa uma bagagem muito grande de preocupações e tarefas.
Chegamos lá. Ter a consciência do erro é 50% do caminho para o eliminar.
Beijinho
cs
Como te compreendo. Por aqui o caos está instalado.
Estou na terceira semana sem trabalhar (amigdalite depois brinquiolite com internamento no hospital para oxigénio e otite de seguida, da mais nova. O homem trabalha imenso e mesmo assim o tempo não chega. Eu sinto-me à beira de um esgotamento e já perdi a conta ao número de médicos que já fui (inclusive psicólogo). Acho que é uma fase complicada esta dos miúdos pequenos e com idades tão próximas. Sem ajudas é preciso gerir muito bem as coisas em casa (física e emocionalmente) para manter alguma sanidade mental.
Estou para escrever sobre isso há algum tempo mas, sinceramente, estou à espera que passe para poder apresentar uma solução... Não está fácil mas acredito que vai passar. Eventualmente. :)
Muita força e um grande beijinho
Carla, não está fácil por aí... e sim, claro que vai passar, tudo passa mas não é fácil sobreviver no momento.
Eu não sei o que são esgotamentos, felizmente. De alguma forma acho que consigo ir desligando botões e ir recarregando baterias. Também ajuda ter uma memória curta e vou esquecendo os momentos menos bons como se nunca tivessem acontecido. Vou gerindo assim e também sou abençoada pela saúde deles e um marido que encara a paternidade com unhas e dentes.
Bj
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