Ela já deitada no quarto, eu na sala solto um espirro que se ouve na rua inteira. Pelo intercomunicador oiço: "Saúde, Mãe!", respondo a rir: "Obrigada, filha!", novamente a resposta: "De nada!"
Estou na cozinha a fazer sopa, Alice chega-se perto de mim e diz: "Mãe, por favor, vem brincar comigo!"
"Mãe, mãeee, o xixi!". Corremos as duas para a casa de banho. Sento-a na sanita. Ela faz o que tem a fazer. Ajudo-a a vestir. Ela diz-me: "Mãe, obrigada pela ajuda!"
Tantas e tantas vezes pede permissão para fazer algo que suspeita não ser permitido. Pergunta sempre se pode levar brinquedos para o banho: "Mãe, pode isto no banho?"
Sempre que alguém lá vai a casa, na hora da saída corre para perto das escadas e grita do cimo: "Obrigada pela visita!"
Não é mentira nenhuma que mais do que as crianças fazerem o que lhes dizemos, elas fazem o que vêem e ouvem. A nossa é uma imitadora de primeira.
Nos jeitos dela encontrei coisas que fazia e nem tinha consciência que as fazia. Como por exemplo: passar a tampa do lavatório por água antes de tapar o lavatório. Só me apercebi disso quando vi que a Alice o fazia todas as vezes que ia lavar as mãos e os dentes.
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