Quando se é mãe pela segunda vez, as inseguranças e medos diminuem significativamente.
Da primeira vez, tive muitos receios ligados à amamentação. Se iria conseguir após uma cesariana, se ela pegaria bem no peito, se eu conseguiria produzir o suficiente para a satisfazer. Ainda não tinha saído da maternidade já a Alice tinha experimentado o leite adaptado tal era a minha insegurança perante os seus berreiros, fazendo-me acreditar que podia ser fome.
Houve altos e baixos, mas o leite adaptado ficou-se pela maternidade do hospital e mais uma ou outra tentativa em casa. Passámos a leite materno em exclusivo nos primeiros 4 meses e depois como complemento até aos 9 meses. Só a partir daí entrou o leite adaptado até aos 2 anos de idade.
Com o António tudo foi e tem sido mais sereno e sem qualquer medo nesse campo. Até hoje apenas leite materno e ele a crescer a olhos vistos.
Os benefícios são mais que conhecidos e, por momento algum, pensei não dar esse privilégio ao meu segundo filho. Contudo, as gretas que me fazem pensar que o meu bebé tem a boca cheia de navalhas afiadas não constitui um grande incentivo. O tempo tornará tudo mais fácil e a vontade de trepar paredes quando aquela doce boca pequena se abre desaparecerá.
Para mim o pior é a dependência exclusiva de nós para algo tão importante como a alimentação. Não é possível dizer: "Dá agora tu o leite!" ou, durante a noite, alternar turnos com o pai. Somos apenas nós e as nossas mamas que nos acompanham para todo o lado, não nos permitindo ausentar por mais de 2 horas (no máximo).
Se trocava esta privação e limitação pessoal e de movimentação física por uma lata de leite adaptado? Não... dou-lhe o meu melhor, dou-lhe o que está ao meu alcance. Sim, canso-me o dobro ou o triplo mas ser mãe não é isso e muito mais?
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