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terça-feira, 26 de julho de 2016

Nem sempre é fácil estar grata

Somos engolidos no dia-a-dia, nas coisas que correm menos bem, nas expetativas que criamos em nós e nos outros, em pormenores que nos parecem atrasar, nos sonhos que criamos desajustados da realidade, nos gritos dos filhos, nos pulos no sofá, nas notícias do terrorismo, nos medos que crescem, na comida que não saiu saborosa, na fila do supermercado que é maior do que a nossa pressa, nas contas sempre tão elevadas, no tempo chuvoso e ranhoso, no nosso humor de segunda-feira ou terça, nos gritos que silenciamos, na roupa acumulada para passar, nas compras que têm que ser feitas novamente, no pão que faltou e, esquecemos... esquecemos de estar gratos.

Grata por dois filhos saudáveis, tão saudáveis,
grata por dois filhos lindos, tão, tão lindos,
grata por um companheiro firme que rema contigo mesmo na tempestade,
grata por um lar onde não falta luz, nem água, nem comida no armário,
grata por um trabalho onde fazes o que gostas,
grata por amigos bons, mesmo bons,
grata por colegas simpáticas e bem dispostas,
grata pelo não terrorismo onde vives,
grata pela família que te ama,
grata por uma vida tão, mas tão boa!

O resto, o resto é pequeno. Não esquecer que o resto é areia, pequenos grãos de areia. Sim, a areia pode incomodar e muito mas não há pedregulhos nem montanhas para subir. O resto é gerir e digerir porque a maior parte é mesmo boa, tão boa.

Grata, muito grata!

2 comentários:

Unknown disse...

É uma grande verdade!! Esqueço.me, muitas vezes, de ser grata pela vida que tenho e agarro.me aos pequenos grãos de areia que aparecem de vez em quando.

CS disse...

Sopra na mão quando vires os grãos de areia ;)