ALICE

Lilypie Kids Birthday tickers

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Semana #52/52


Deixo 2014...

... com uma afta na ponta da língua. Sinto que estou com o meu sistema imunitário meio em baixo.
Não é mentira nenhuma que dormir dá saúde e faz crescer.

Resoluções para 2015

Uma passagem pelos blogues e facebook e não faltam os balanços de 2014 e as resoluções para 2015.
Ainda não pensei numa coisa nem noutra mas assim de repente o que mais desejo para 2015 é dormir, pelo menos, 3 a 4 horas seguidinhas. Nem peço a noite toda porque a senhora dona Alice ainda acorda para ir à casa de banho ou porque tem calor ou porque quer o Mickey ou porque sei lá o quê... mas 4 horinhas sem ninguém chamar por mim nem precisar do meu par de mamas é euromilhões.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Dizem que a merda significa dinheiro...

Se for assim, amanhã o Euromilhões não me escapa. Hoje levei com um jato de cocó em cima que até estremeci. Obrigada meu doce António...

domingo, 28 de dezembro de 2014

Semana #51/52



ZARA









Ainda nem 3 anos tem...

Alice: A mãe é uma criança. O pai é uma criança e a Alice é adulta!

Isto porque usamos muito o argumento de que é só para adultos determinadas coisas como chocolates e doritos e afins ou determinadas ações como deitar tarde, sair sozinha...

Para quem amamenta...

Quem amamenta sabe como os mamilos ficam com tanta sucção, quem ainda não amamenta mas pretende fazê-lo descobrirá...
Muito importante usar algum creme que os impeça de ficarem secos e gretados. Na altura da Alice tive gretas nos mamilos, abriram feridas e amamentar durante alguns dias assemelhavam-se a facadas nos peitos (como se já tivesse levado para saber o que é).
Desta vez, levei logo para a maternidade o que julgo ser o melhor produto do mercado (o meu conhecimento é curto, não se fiem totalmente). Totalmente natural, não havendo problemas em usar e amamentar logo a seguir. Aconselha-se que se use a seguir a cada mamada. Eu uso uma vez por dia, após o duche. Ele mama muita vez...

PURELAN - 15€

Pode-se usar para outros fins: lábios secos, mãos e até no bebé.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Desenhos Animados

Alice descobriu e apaixonou-se pela pequena Masha. Vejo com ela e acabei por me apaixonar também...



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A altura mais difícil do dia...

Já quando só era a Alice, a altura mais difícil do dia era deitá-la à noite... As desculpas para não ir para a cama, o tempo sentada na sanita muitas vezes sem fazer nada, uma história para ler, o beijinho, o abraço, a sanita novamente porque afinal o cócó quer sair. Raro o dia que este jogo não leva uma boa meia hora.
Agora juntem a esta equação um bebé de um mês que quer mama, que chora enquanto estou num jogo de cintura com a irmã. Estar sozinha à noite a gerir a rotina de jantar e cama é para mim o mais difícil pois durante o dia sempre lhe posso colocar a ver desenhos animados enquanto cuido do bebé.
Valentes e heroínas mães solteiras ou de pais ausentes que gerem filhos e casas.
A mim, dá-me cá uma vontade de subir a um monte e gritttttaaaaaaarrrrr muito.

P.S. Post escrito logo após estar 1 hora para deitar a Alice. Subir e descer as escadas dezenas de vezes porque na sala o mais novo chorava volta e meia. Agora a mais velha dorme (acho) e o mais novo está ao meu colo a dormir.

As malditas cólicas

A Alice sofreu de cólicas até aos 4 meses, apesar de ser alimentada em exclusivo de leite materno.
As cólicas tinham hora marcada, vinham pelas 20h e ficavam até às 23h/00h mais coisa menos coisa.
Tentámos quase tudo mas  na altura o que melhor resultava era o embalo do pai pela casa toda (fez kms) por mais de uma hora.
Tomou Coliprev, Colimil, Infacalm. Havia alturas de desespero... nos últimos meses já tinha encontrado um botão interior no meu cérebro que diminua de volume os gritos e choros dela.
Ao nosso desespero a pediatra respondia: Cólicas não são doença. É aguentar que por volta dos 4 meses passa...
E sobreviver aos 4 meses sem nos atirarmos por uma janela? Isso ninguém diz como se faz...
Bem, na verdade todos sobrevivemos sem nódoas negras ou esfolões.
Cá estamos de novo à espera dos 4 meses. António sofre de cólicas mas bem menos gritão que a irmã. Afinal é homem e acho que tem vergonha de dar a parte fraca.
O que fazemos?
Massagens circulares na barriga no sentido dos ponteiros do relógio.
Movimentos com as pernas como se tivesse a andar de bicicleta.
Embalo pela casa (esta é mais o pai).
Encolher as pernas contra a barriga dele.
Dar umas gotas de Coliprev 4 vezes ao dia (não noto diferença).
Quando nada resulta, colocar um episódio na tv, acionar botão interno de som e embalar até ele se cansar e adormecer ao colo e os nossos braços ficarem dormentes. Ainda podem passar a batata quente ao pai e tentar fugir de casa sem dar nas vistas.
Boa sorte, aos 4 meses já os intestinos do nosso tesouro devem estar a funcionar sem sofrimento.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Festas Felizes

A todos que aqui têm a santa paciência de passar e ouvir-me, um santo Natal. Umas festas felizes em família.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Somos uma família simpática

O mais novo anda a sofrer com as cólicas, a mais velha com as birras dos 3 anos e eu com a privação de sono que me deixa um pouco mais irritável e menos paciente.
Quem quiser passar uma tarde em boa companhia é só deixar comentário abaixo para combinarmos um lanchinho.

Adolescência precoce

Sempre que lhe digo para comer, tomar banho ou dormir responde-me: Ainda não!
Sempre que lhe vejo sorrateira e pergunto-lhe o que está a fazer, responde-me: Nada!
Sempre que é contrariada sai com um virar de costas e um: Não falo mais contigo!
É uma alegria...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Há momentos...

... em que questiono a minha forma de educar. Se sou muito permissiva ou se sou pouco paciente. Dou por mim com vontade de dar uns gritos, de virar costas e não dar conversa. A minha mãe diz que hoje em dia falamos , explicamos demasiado aos nossos filhos, que antigamente não havia tanto tempo para conversas. Eram mais filhos, maridos que pouco ajudavam e jantar que tinha que estar na mesa a horas.
Há momentos que tenho tantas dúvidas... este é um deles.

Desta vez foi o Augusto

Andámos grávidas na mesma altura, agora são os aniversários todos em fila...



A alegria do trampolim




domingo, 21 de dezembro de 2014

Semana #50/52

A fazer o bolo de natal...

E já passou um mês...


O desejado versus o possível

Imagino vezes sem conta posts, temáticas ou fotografias para aqui postar. Isso é o desejado, o imaginado. O possível é o que está à vista... uma pobreza franciscana.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Pato Donald

Hoje de manhã enquanto amamentava o António, olho para o lado e vejo a Alice de blusa levantada a fingir que amamentava o Pato Donald.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Mãe de dois...

... é colocar um a dormir a sesta e preparar o outro mal o primeiro adormece. Conseguir colocar o segundo a dormir e já o primeiro está a chamar mmmaaaeeee...

Primeiro mês de amamentação

São muitas horas de mamas ao léu. Algumas dessas horas são de pura contemplação e enamoramento ao meu António. Outras a ver tv. Outras agarradas a um livro.
No primeiro mês de amamentação um livro já foi...



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Botins pretos

Preciso urgentemente de uns... Na verdade, já o ano passado andei à procura... Vou esperar pelos saldos e este ano não falha.

29,95€

39,95€

49,95€

59,95€
Tudo ZARA

Sou mais feliz...



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Aniversário da Nina

Fomos os 3: eu e os meus dois rebentos.
Estive mesmo para deixar o António em casa com o pai. Afinal ele ainda não fez um mês. Fui com ele a medo... deixá-lo em casa significava ficar na festa apenas uma hora. Sim, ele raramente aguenta duas horas sem mamar. Não queria tirar a Alice de lá antes de soprar as velas, antes de se cansar no pula pula e provar o bolo.
Assim, a medo, levei-o e tentei resguardá-lo ao máximo. Tivemos na festa sem problemas de horário e enquanto lá tivemos mamou 4 vezes. São os inconvenientes da mama. Impossível separá-las do corpo...






Juntas desde os 2 meses de idade...


Um casal com uma filha de 3 anos e outra de 3 meses consegue fazer um aniversário assim, cheio de pormenores, tudo feito pelos 2. Gabo-lhes a paciência. Adoro as suas festas...

Semana #49/52

Ligeiro atraso... sou mãe de 2 :)




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A última descoberta da Alice

Nos últimos tempos a Alice descobriu que as suas cordas vocais têm potencial para cantora lírica. Aprendeu que é divertido gritar. Aprendeu que falar baixo ou num tom normal é muito aborrecido.
Esta descoberta coincidiu com o nascimento do irmão. Não tenho a certeza se os dois fenómenos estão relacionados mas parece-me que seja uma forma de chamar a atenção (ainda que de forma negativa e sob repreensão) sobre si. Quanto mais pedimos para falar baixo mais ela desata aos gritos pela casa...
Tem sido tão bom...

P.S. Começo a pensar se terei feito bem dizer não ao médico quando ele sugeriu fazer uma laqueação.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Desafio para 2015

Tirar uma foto por mês no mesmo local e observar o crescimento no fim de um ano...



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Semana #48/52

Da semana passada...

Nem sei porque faço laços de muitas cores. Quase sempre a escolha é o rosa. Diz ela que é a sua cor preferida...

Loucas são as noites...

... que passo sem dormir...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

"O leite deve ser fraco"

Não me lembro das vezes que ouvi na boca de outras mulheres a frase acima. Foram vezes sem conta...
Desta vez já o ouvi de alguém que só cumprimento com bom dia, boa tarde e pouco mais:
Saio de casa com o António no Sling para ir ao Centro de Saúde fazer controlo de peso. Ele vai a chorar e logo me dizem em plena rua: Oh, deve ter fome! Respondo: Não porque ele esteve a mamar. Ripostam: "oh, o leite deve ser fraco..."
Pronto, é isto. Sem comentários. Ah, ele aumentou 400gr numa semana, só com leite fraco da maminha.



Às vezes penso que sou tão fraquinha como mãe...

Quando um começa a descansar pelas 5h da manhã entre mama e embalo, a outra decide que às 5h30 são horas de despertar e não há nada que a faça ficar na cama...
Fico a pensar nas mães que têm 3, 4, 5 e mais filhos e gerem tudo e ainda conseguem andar frescas e sorridentes e eu logo chego à conclusão que sou muito fraquinha só com 2...


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sentido agradecimento

A todos que me acompanham por aqui, a todos que me felicitaram, a todos que mais ou menos silêncio vivem um pouco das minhas vivências.
Nem sempre comento os vossos comentários mas recebo todos de sorriso rasgado e fico muito feliz com a vossa partilha.
Beijo de coração a todos vós.


Neste preciso momento...

... todos dormem cá em casa. Eu que passo as noites acordada a amamentar e a lutar contra as cólicas do António, sinto que devia fazer o mesmo. Em vez disso, vou tratar de ofertas de natal. Até o mais novo acordar para voltar a mamar pode ser dentro de 5 minutos, visto que já não come há quase 2 horas...
Fui.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

15 dias depois...

... a 1 kg do meu peso anterior à gravidez mas a 3kg de um peso ideal.
O segredo? Amamentar. Não só porque queima muitas calorias (dizem) mas porque nos deixa pouco tempo para comer. Quando sobra tempo, ás vezes troco a refeição por um bom duche :)


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

domingo, 30 de novembro de 2014

Semana #47/52

29.11.2014

O que dá mais trabalho?

Quando tive a Alice senti que tomar conta de um bebé era tão maravilhoso como desgastante e cansativo. Parecia que tomava todo o nosso fôlego e sugava todas as nossas energias ao mesmo tempo que nos alimentava de tanto amor e enamoramento.
Agora que tenho em casa um bebé com quase 2 semanas e outro com cerca de 150 semanas percebo que cuidar de um bebé é piece of cake... Dar de mamar 20 vezes, trocar 20 fraldas, lavar, pegar ao colo e dar muitos beijos todos os dias. Sim, há muita privação de sono mas o que é isso com o bater do pé de 1 metro de gente, do constante "ainda não" para quase todas as ordens, dos choros que não quer banho e depois os choros que não quer sair do banho. Os nãos às sopas, os "outra vez massa" ou "outra vez arroz", o "não quero dormir, é hora de brincar".
Sim... e dizem-nos para aproveitar que o que vem por aí é pior. E eu, eu tento aproveitar, tento soprar para o lado só para não fazer um galo na cabeça de tanta vontade que às vezes dá de ir ao encontro da parede, Eu tento compreendê-la, tento perceber-me e aprender dia-a-dia, com tentativa/erro aquilo que é ser mãe.



sábado, 29 de novembro de 2014

Semana #46/52

Da semana passada...



O nome

Até ao último dia não consegui ligar-me a nenhum nome, tal como tinha acontecido com o nome Alice. Gostava dos nomes que ouvia mas não sentia ligação a nenhum...
A escolha veio do pai, um nome que também era do meu agrado mas que não se tinha revelado o meu forte desejo como com a Alice.
Pronunciei o nome António várias vezes, tentando perceber a ligação com o filho que estava quase a nascer... Hoje olho para ele, o meu António, o meu doce e sereno António e penso que tinha que ser António.
E muito a propósito, uma querida amiga lembrou-me o outro dia que eu soube o resultado da amniocentese (um resultado em que tudo apontava para o cenário mais negativo possível) no dia de Santo António, um resultado que levaria ao dia do nascimento do meu filho, algo que até à data era uma dúvida.
O meu filho mais novo chama-se António...


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Da amamentação

Quando se é mãe pela segunda vez, as inseguranças e medos diminuem significativamente.
Da primeira vez, tive muitos receios ligados à amamentação. Se iria conseguir após uma cesariana, se ela pegaria bem no peito, se eu conseguiria produzir o suficiente para a satisfazer. Ainda não tinha saído da maternidade já a Alice tinha experimentado o leite adaptado tal era a minha insegurança perante os seus berreiros, fazendo-me acreditar que podia ser fome.
Houve altos e baixos, mas o leite adaptado ficou-se pela maternidade do hospital e mais uma ou outra tentativa em casa. Passámos a leite materno em exclusivo nos primeiros 4 meses e depois como complemento até aos 9 meses. Só a partir daí entrou o leite adaptado até aos 2 anos de idade.
Com o António tudo foi e tem sido mais sereno e sem qualquer medo nesse campo. Até hoje apenas leite materno e ele a crescer a olhos vistos.
Os benefícios são mais que conhecidos e, por momento algum, pensei não dar esse privilégio ao meu segundo filho. Contudo, as gretas que me fazem pensar que o meu bebé tem a boca cheia de navalhas afiadas não constitui um grande incentivo. O tempo tornará tudo mais fácil e a vontade de trepar paredes quando aquela doce boca pequena se abre desaparecerá.
Para mim o pior é a dependência exclusiva de nós para algo tão importante como a alimentação. Não é possível dizer: "Dá agora tu o leite!" ou, durante a noite, alternar turnos com o pai. Somos apenas nós e as nossas mamas que nos acompanham para todo o lado, não nos permitindo ausentar por mais de 2 horas (no máximo).
Se trocava esta privação e limitação pessoal e de movimentação física por uma lata de leite adaptado? Não... dou-lhe o meu melhor, dou-lhe o que está ao meu alcance. Sim, canso-me o dobro ou o triplo mas ser mãe não é isso e muito mais?



I'm...

... alive.

(Sei que não parece mas impossível encontrar 5 minutos em que estejam ambos os filhos a dormir para aqui vir)

domingo, 23 de novembro de 2014

O melhor do dia...

Xiuuu... os dois estão a dormir...


sábado, 22 de novembro de 2014

A chegada a casa

Tive alta na quinta-feira da tarde. Felizmente, já me sentia com mais forças mas, sendo o mais sincera possível, ficava mais um dia no hospital a restabelecer. Tinha algum receio ao regressar à vida, às exigências da minha outra filha e senti que precisava de mais um dia só eu e ele (o meu António).
Mas o tempo não pára nem espera por ninguém. Era preciso regressar. As saudades do meu amor mais crescido também já eram muitas pois, nunca em quase 3 anos, me tinha separado por tanto tempo dela.
Na verdade, já tivemos 2 separações: 2 dias por altura da amniocentese e agora 4 dias para tirar o mano da barriga (como dizia ela).
Sabia que ela andava em pulgas para conhecer o mano. Mal ouviu a porta ouvi a sua voz gritar: "Mano! Mano! Quero ver o mano!" Rapidamente fui para segundo plano.
Quis logo pegar-lhe ao colo, dar-lhe muitos beijos. Assim tem sido desde que chegámos a casa... colo, beijos e mais beijos.
A reação não podia ser melhor...


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O momento

Entrei no bloco de partos pelas 18h30. Olhei bem o relógio da parede e desejei que fosse a tal hora curtinha que todos me desejavam quando se cruzavam comigo.
Eu tremia por todo o lado. Era frio misturado com ansiedade com uns salpicos de medo. A picada para a epidural foram umas 3 ou 4. Estava a custar mas não dói quase nada.
Depois uns 15 minutos de espera. Os choques nas pernas, o formigueiro a chegar e eu a pedir ao anestesista para não ter receio de dobrar na dose, por sim, por não. Depois a minha tensão desceu a pico e chegaram as náuseas e vontade de vomitar. Tudo normal, dizia ele...
Quando chegaram os restantes médicos pensei que já não havia volta a dar. Estava na hora. O anestesista diz em voz alta: "Eih lá, hoje temos equipa vip para esta cesariana!" Levei a frase como verdadeira e sem ponta de sarcasmo.
O meu médico olha para mim e eu para ele cheia de medo: "Isto vai correr bem, não vai dr?" Ele: "Claro que sim..." Não me tranquilizou mas tentei respirar fundo e tentar controlar os tremores que tinha no corpo.
Começaram a cortar. Depois a pressão em cima da barriga a puxarem o bebé para baixo. O ato levou tempo, muito tempo. Até que decidem aumentar a abertura e cortar músculos da barriga. Nova pressão, uns gemidos meus e depois o choro de um bebé... era o meu bebé. Já estava cá fora e chorava... eu não chorei, não senti a emoção que a maioria das mães diz sentir. Senti um alívio, uma sensação de paz para voltar novamente o repuxar na barriga, a pressão, o som do aspirador. Tentei não acompanhar as conversas dos médicos com medo de perceber tudo o que diziam. Aliviaram o ambiente a falar do restaurante de B. e das comidas e dos vinhos etc... eu só desejava que tudo terminasse.
Mostraram-me já vestido, por breves segundos, já sereno, pequeno e doce. Deu-me vontade de o tocar, cheirar, ter a certeza que era todo meu...
Ainda fiquei estendida e amarrada por mais uma meia hora. As costuras internas e externas fizeram-me impressão, senti-me completamente repuxada mas pensei que talvez fosse bom sinal. Pensei que me estavam a esticar bem, bem melhor que numa lipoaspiração.
O pai aguardava no corredor. Cá não permitem assistir a cesarianas e talvez seja melhor. Sempre posso dizê-lo que nem pestanejei, nem tremi ou então que me fizeram horrores e eu ainda cantarolava. Na verdade, podem gritar: "Chicken"
Bem... mantive-me à altura. Não gritei, não chorei, não ameacei ninguém. Apenas choramiguei por comida e água e não era para mim e sim para o meu filho em hipoglicémia.
Saio da sala de partos pelas 20h e fico mais uma hora no recobro já com o meu menino à mama, já colado a mim novamente...
Correu tudo bem. Ele está bem, muito bem. Eu já estou melhor, muito melhor,

Perguntas que não estamos à espera de ouvir...

No meio da agonia de estar prestes a fazer uma cesariana o médico pergunta-me: "Quer aproveitar e fazer uma laqueação?"
Eu acho que fiz uma cara tão feia e de espanto que ele logo disse: "Pronto, era só para saber... tudo bem!"
Depois fiquei a pensar que não era assim tão descabida a pergunta. Seria a minha segunda cesariana e a fazer quase 41 anos. Tinha uma menina e um menino (o sonho de 90% dos casais) e podia fechar portas sem me preocupar com contraceptivos.
Mas não... para já era uma pergunta demasiado séria para decidir na hora. Nunca me tinha passado pela cabeça essa possibilidade e depois essa questão de ser definitiva é assustadora.
Não estou a pensar ter mais (muito menos quando ainda tenho agrafos na barriga e mal me mexo) mas o futuro é incerto. Caso acontecesse uma terceira, aí já pensasse numa laqueação. Até lá voltaremos às pílulas.
Do anestesista veio a pergunta: "Quer epidural ou anestesia geral?"
Hummm... que maravilha não sentir um médico a pular na barriga, que bom não ouvir o som do aspirador dentro de mim, que fantástico não sentir o ponto cruz na barriga, o puxa e estica, o agrafos a clicar e uma pessoa a tremer amarrada a uma maca. Bom, muito bom!
E da minha boca sai: "Epidural!" Pensei no bebé e pensei na minha recuperação. Aqui não entrou o fato de querer muito estar acordada quando ele nascesse. Trocava isso por não sentir tudo aquilo que se sente e se vê numa cesariana.
Na verdade, só me mostram por breves segundos já ele está vestido. Depois, no recobro é que o colocam ao meu peito. Contudo, saber que uma anestesia geral é pior para ambos e torna a recuperação mais difícil nem me faz pensar 2 vezes (bem... pensei 1 vez e meia mas sempre soube a resposta).


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

António

17.11.2014
19:15
3655gr e 51cm

A segunda-feira e uma fome desgraçada

Dei entrada no hospital às 9h da manhã com um prato de papas de flocos de aveia e com a certeza que devia ter comido uns dois ou três só para prevenir.
O médico fez-me ctg e uma ecografia. Previsão do peso 3700 gr, tentaríamos a indução para o parto natural.
Fui internada e comecei com soro e ocitocina. B. do meu lado e Alice em casa aos cuidados da minha mãe. Seria um dia longo...
Mal a enfermeira fez-me o primeiro toque soltou um: "Ai, credo! Que bacia tão estreita! Esse bebé nunca mais sai por aqui, Ossos tão juntinhos!"
Pronto, fiquei logo a pensar naquilo... Caramba, fizeram-me centenas de toques quando estava em trabalho de parto para a Alice e nunca ninguém me tinha dito aquilo! E as centenas de toques devem ter sido feitos por dezenas de pessoas diferentes do hospital. Eu quase que aposto que vi um Segurita e a senhora da limpeza na fila dos toques...
B. dizia-me: "Vais fazer outra cesariana. Eu nem sei porque estão a levar tanto tempo para a fazer logo."
Tivemos o dia todo nisto. Passou a hora do almoço, passou a hora do lanche e eu só perguntava: "Dá para comer uma bolacha? Um copinho de água?" "Posso trocar a epidural por um pacotinho de bolachas?"
Eu só pensava na fome que tinha. As contrações chegavam e eu só pensava em comer. Nem dizendo que o meu filho estava cheio de fome na barriga comovi as enfermeiras.
As 18h o meu médico entra no quarto e diz-me que vamos partir para a cesariana. Comecei a tremer... já tinha feito uma e não tinha gostado nem um pouco. Não me parecia que fosse morrer de amores por esta também...

Aqui estou porque levei morfina...

Vim para o hospital munida do meu portátil para atualizar as últimas boas novas mas só agora consegui ligar o computador. Não foi falta de tempo, foi excesso de dores.
Sim a maternidade, a gravidez é linda mas se há coisa que passava ao meu companheiro era o ato de dar à luz. Acredito que 90% das mulheres achem o ato lindo, maravilhoso (e não deixa de o ser) mas eu não consigo encontrar beleza em tanta dor, tanto tremor, tanto corte e pontos no nosso corpo.
Foi então que dei à luz às 19:15 de segunda-feira e até há pouco sofri horrores de dores na zona do corte e costura. Finalmente, estou à base de morfina e digo-vos: "A vida é bela, tão bela quando a dor não nos dá as mãos!"

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Na falta do anterior...

... este parece-me excelente cá para casa. Parece ter um peso considerável para atirar à cabeça de alguém e acabar com uma birra antes que ela acabe comigo. Dá para miúdos e graúdos!



Estive com ele na mão...

... e tive vontade de o comprar. Acho que o vou deixar para o Pai Natal, ouviste Pai Natal?!

Post agendado

Post agendado

Vou imaginar que são 14 horas do dia 17 de Novembro. A minha prima Mada (uma irmã de coração) faz anos. Eu estarei no hospital com o meu filho nos braços. Não posso dizer já o nome. Na verdade, apesar das hipóteses já conversadas não há uma decisão final tomada.
Ou posso imaginar que o bloco de partos estava uma confusão e o médico achou melhor aguardar mais uns dias. Voltei para casa com os sacos e esperarei que o meu bebé decida por si ter os meus braços para sempre.


Outfit do dia

Bata de algodão com abertura nas costas. Pulseira de plástico com nome. Pantufas nos pés. Garrafa de soro que serve de bengala.

Flores para a mãe

16.11.2014

domingo, 16 de novembro de 2014

Semana #45/52

16.11.2014


3 anos se passaram

Dezembro de 2011 - grávida de 9 meses

Novembro 2014 - grávida de 9 meses


Amanhã cedo

Pego nos sacos e vou para o hospital...
Não me sinto preparada, não me sinto com vontade de ter já amanhã nos braços quem já vive em mim há muito, não me sinto feliz com uma possível indução...
Sim, foram quase 9 meses, 40 semanas a serem feitas na quarta-feira que passaram à velocidade da luz.
Estou com receio...

sábado, 15 de novembro de 2014

Esta noite...

... Alice vomitou pela primeira vez na vida.
Não sei o que aconteceu mas parece-me que teve uma paragem de digestão.
Enquanto vomitava dizia assustada: "Mãe, o que é isto?"
Meu coração ficou espremido ao vê-la assim.
Os lençóis foram mudados umas 3 vezes. Vestiu pijamas lavados umas 4 vezes e estivemos nisto até às 4h da manhã, altura em que adormeceu... para acordar às 6h a pedir desenhos animados.
Passou bem a manhã e dormiu toda a tarde.
Nada de febres ou qualquer outro sintoma o que me leva a acreditar que foi mesmo uma paragem de digestão.

A esperteza da mais nova

Eu: "Alice arruma os brinquedos!"
Alice: "Ai, mãe... não posso! Dói-me muito a cabeça. O som tá muito alto."
Eu: "Baixa a televisão e arruma os brinquedos."
Alice: "Ai, não consigo..." (agarrada à cabeça)


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Cá em casa...

... o Natal já chegou.
Não queria ir para a maternidade sem a árvore de Natal enfeitada. No regresso quero ter o mínimo de preocupações ou afazeres. Desejo concentrar-me nos meus dois filhos e descansar sempre que possível...



Semana #44/52

Da semana passada e tiradas, não por mim, mas por um amigo...




Tira-me do sério, bate o pé, chama-me Cláudia sempre que não lhe respondo quando me chama Mãe, chora quando não quer sair do lugar onde está, diz-me todos os dias que gosta de mim e do mano. É parte de mim, é o meu maior amor, o meu maior medo, a minha maior alegria.