ALICE

Lilypie Kids Birthday tickers

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ainda as câmaras de filmar...

O outro dia ao ir busca-la à escola:
"Mãe, já sei onde estão as câmaras de filmar!"
Eu:"Ah, sim! Onde?"
Alice a apontar o dedo para cima: "Olha, ali!" (apontando para o detetor de incêndio no teto)
Eu:"E como sabes que é aquilo?"...
Alice:"Eu vi uma luz... É ali!"


(Não confirmei, nem desmenti)

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

The Good Doctor

Estreou esta semana no AXN.
Fala de autismo, fala da diferença, fala dos preconceitos, fala de relações pessoais, fala de aceitação.
Recomenda-se!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Sou mãe, mãeeeeeee...


Sou mãe, mãeee, porque o ouço todos os dias, seja dia ou seja noite, às vezes até o ouço mesmo que eles estejam a dormir e levanto-me de sobressalto só para depois perceber que a casa está em silêncio,

Sou mãe, mãeeee, que ouço entre gritos e choros, entre birras de irmãos ou birras solitárias, que me levantam todos os cabelos que a gravidez não atirou ao chão e correntes elétricas atravessam todo o meu corpo num grito que me apetece soltar, ops… soltei-o ahhhhhh!,

Sou mãe, mãeeee, que aparece em cada queda, tropeção ou borbulha minúscula que aparece na pontinha de um dedo que salvo sempre com um beijo milagroso que cura todas as doenças e maleitas,

Sou mãe, mãeeee, que abraça com toda a força do mundo e os beija entre os nãossss que eles gritam enquanto tentam fugir dos meus braços,

Sou mãe, mãeee, que os olha numa imensidão de amor maior do que a Terra em que habitamos, mais quente do que o sol que nos aquece o corpo, mais poderoso que qualquer deus grego ou romano,

Sou mãe, mãeee, e atingi a imortalidade no momento que dei à luz e podia ter morrido no minuto seguinte que viveria eternamente nos passos da minha filha, nas suas palavras e sonhos,

Sou mãe, mãeee e tudo o resto dimensiona-se nesta nova dimensão da minha vida,

Mudei, e sei que também sou mulher e filha e companheira e amiga, mas perdoem-me todos, porque a minha dimensão de mãe é a mais forte e a mais poderosa que tenho, o tempo redimensionará tudo novamente, até lá, sim, sou mulher, filha, companheira e amiga mas…

Sou mãe, mãeeee (os gritos e chamamentos deles são mais do que qualquer outro, eles ganham) e atingi a imortalidade!
 
(Este texto não é apenas dedicado aos meus filhos, como costume, dedico-o às minhas queridas amigas que, como eu, são mães, mãeeeeeeesssssssss)

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ausência

O tempo, o trabalho, as crianças e o tempo, o trabalho, as crianças.
Preocupações, tarefas, noites pequenas, uma otite, tosse, muita tosse, ranhosos, só ranhosos em miniatura.
O tempo, o trabalho, dias de férias a trabalhar, as crianças e o tempo.
Boas notícias, reconciliações, jantares há muito prometidos, conversas sérias e outras a brincar, abraços e beijos, chatices e discussões.
Revelações há muito esperadas. Tudo igual mas tudo bom. Carinho de amigas, uma corrente tão boa de solidariedade.
Gritos, muitos gritos. A tampa que salta muito facilmente. As crianças e as suas exigências. Os adultos e a sua falta de paciência. O tempo. É o tempo ou a paciência que por aqui não habitam?
Uma necessidade tão grande de me reequilibrar, de expulsar o grito fácil e tão pouco certeiro. Não resulta, eu sei que não resulta e mesmo assim, o grito que aqui habita, que divide a casa connosco qual visita que nunca mais se decide a ir embora. A vergonha em admitir que não o queremos aqui mas ao qual já nos habituamos. Não resulta!
Eu volto, aos poucos volto...


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Formação

Quando ando em formação fico com o horário mais sobrecarregado, com maior desgaste físico e mental, logo com menos tempo e disposição para por aqui passar...

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A todos os educadores e auxiliares de educação

Nós pais, não vos pedimos que sejam pais dos nossos filhos, nas longas horas que passamos a trabalhar, com eles em pano de fundo em quase todos os momentos do dia,

Nós pais, não esperamos tratamento especial para os nossos filhos, não esperamos que gostem deles como nós gostamos, mas que gostem deles na medida certa que eles precisam para se sentirem seguros,
Nós pais, percebemos e reconhecemos que a vossa tarefa não é fácil, nós sabemos em todos os fins-de-semana e férias e apenas temos 1, 2, 3, na loucura das loucuras, 4,

Nós pais, aceitamos que gritem, que se chateiem como nós gritamos e nos chateamos, mas queremos também que abracem, que beijem, e saibam as palavras certas que sossegam o coração dos nossos filhos e os façam crescer na empatia pelo outro,

Nós pais, não queremos apenas o que está no vosso contrato de trabalho, queremos os beijos que curam dóis-dóis, os abraços que os levantam do chão, e os sorrisos que os fazem querer ficar mais tempo,

Nós pais, por mais que gostemos que eles façam atividades e desenhos expostos na sala para nossa vaidade, gostamos mais de saber que eles tiveram um colo e uma palavra de carinho quando choraram por nós,

Nós pais, queremos e desejamos tudo aquilo que vós, educadores e auxiliares, querem e desejam que os outros sejam para os vossos filhos, nem mais, nem menos, assim, um abraço, um colo, um porto seguro fora do seio familiar,

Nós pais, entregamos-vos a parte mais importante da nossa vida, deixamos todos os dias um pedaço do nosso coração em vossas mãos, confiando e respeitando o vosso trabalho, mas desejando que nunca se esqueçam daquilo que vos foi entregue e da vossa importância e peso na nossa vida,

Nós pais, podemos nem sempre ser justos com o vosso trabalho, podemos não compreender a gestão de uma rotina com tantas crianças, podemos ficar de visão destorcida de tanto amor que sentimos por eles, mas, nunca esquecemos de quem passa o tempo com eles, não esquecemos de quem está onde não podemos estar e esperamos que nunca se esqueçam do vosso papel, da vossa importância e do impacto positivo (ou negativo) das vossas ações,
 
Eu, mãe de coração apertado, desejo que o meu filho encontre o seu colo seguro rápido, desejo que as lágrimas que todos os dias lhe cobrem o rosto e que todos os minutos que passa sentado numa cadeira sem querer brincar conheçam o seu fim e que possamos os dois voltar a sermos felizes.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Promessas

"O jantar está quase pronto!" Disse-lhes.
Alice:"Mãe, prometo que não vou fazer birra!"
Eu: "E eu prometo que não vou gritar."
Uma de nós quebrou a promessa mas fiquei feliz por não ter sido eu. Levo de vantagem 38 anos em relação a ela. Isso dá-lhe uma margem muito grande de cometer erros, quebrar promessas e aprender. A mim nem por isso...



segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Na minha secretária...

Não há molduras com fotos dos filhos mas há fotos dos filhos.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Serviços mínimos garantidos

É como me sinto... sabendo que tenho que manter tudo em funcionamento mas não tendo forças para ir além do mínimo para uma vivência equilibrada.
Neste momento, não consigo ser boa em nada, também não quero sentir que estou a ser má, simplesmente, razoável, com sorte...
Não tenho forças, não tenho capacidade mental e física para ser quem eu devo e preciso ser, ou melhor, quem, no fundo eu sou, alguém que se dedica, que ama a vida e os seus, que ri, conversa e adora conviver, que sempre viu o copo meio cheio.
Neste momento, sinto que asseguro os serviços mínimos em todas as vertentes da minha vida e que estou longe de estar plena, forte e segura.
Sei que não durará para sempre, sei que a força e energia precisam de ser alimentadas e, por vezes, vivemos com reservas que não estão a ser repostas.
Sinto falta de uma noite inteira de sono, de uma tarde inteira de sofá, de uma lista de tarefas realizadas, de pendentes concluídos, de refeições mais silenciosas, de uma atividade que me ajude a equilibrar e refortalecer, de mais música ao meu redor e de nunca esquecer que sou felizarda (muito).
Preciso manter o foco nas coisas mais importantes da minha vida, eliminar o ruído exterior e ouvir o bater do coração dos meus filhos...

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Existem dias...

Existem dias em que me sinto tão distante da mãe que a minha filha merece ter e que eu preciso ser. O cansaço agarra-me de tal forma que me deixa de visão deturpada, de paciência minúscula e discernimento duvidoso. A clareza de pensamento torna-se uma luz no fundo do túnel e o grito uma amiga falsa que nos convence ter a solução dos nossos problemas.
Felizmente, os dias não se juntam todos, transformando-se em semanas. Felizmente, os momentos de lucidez chegam, serenam-nos e ...fazem-nos perceber que a dificuldade não está neles serem crianças e agirem como crianças que estão em construção, está em nós, em gerirmos tudo, sem nunca deixarmos de ser adultos já formados (queremos acreditar que bem formados). E o equilíbrio será, talvez, o nosso maior desafio.
Deles teremos sempre o seu perdão, dos gritos, das ausências de paciência, das ausências de tempo, dos dizeres descabidos de que vamos "desaparecer". Teremos sempre o seu abraço mesmo depois de tanto ouvirem os nossos queixumes do comportamento e dos ralhetes. E pedem-nos colo e dizem que nos adoram e nos querem para sempre, mesmo assim, tão (im)perfeitas!
Ainda bem que nisto da parentalidade nunca chegamos ao fim do curso. Todos os dias temos novas matérias, exercícios e exames e o diploma, talvez chegue, com a nota desejada, bem depois de termos partido.

A ti, Alice, que me tornaste mãe e ensinas-me a ser melhor do que alguma vez fui. Não facilitas a tarefa mas dás-me os melhores prémios que alguma vez imaginei haver. Abriste o caminho para o teu irmão e juntos desafiam a nossa vida a sermos os melhores pais que conseguimos ser.

 

A ti

Mesmo sabendo que possas nunca chegar a ler, escrevo-te... talvez este exercício mental e sentimental seja mais para mim do que para ti, por isso, acho que não ficarei triste se nunca chegares a ler.
Somos amigas, considero-te minha amiga, uma amiga que não é de infância nem de curso mas que apareceu na fase mais importante e desafiante da minha vida. Tens sido minha companheira de viagem neste mundo complicado que é a maternidade. Pegas ao colo os meus medos e receios e festejas comigo as minhas vitórias.
Somos parecidas mas também tão diferentes, percursos diferentes, vivências distintas que nos levaram a um mesmo local, à mesma hora onde nos cruzámos e conhecemos de colo cheio. Naquele momento, naquele local, éramos iguais, tão iguais que a empatia entre nós cresceu sem esforços.
Os anos passaram-se e a amizade cresceu e ficou mais forte. Mas a amizade não é livre de discordâncias, desentendimentos, mal entendidos ou bem entendidos, de visões distintas e escolhas diferentes. Mas isso não é mau, isso significa que somos humanos, que às vezes somos grandes e bondosos e outras vezes pequenos e egoístas. Significa que podemos desiludir o outro, magoá-lo ou não apoiar quando mais precisa. Isto revela-nos as nossas imperfeições, nem sempre visíveis a olho nu. Nesses momentos sentimo-nos pequenos, envergonhados das nossas falhas e conscientes de que a perfeição (que às vezes sonhamos) não existe.
Eu estou tão longe dessa perfeição, em todos os âmbitos da minha vida profissional ou familiar, e reconheço que, às vezes, possa demonstrar que sou muito segura, que sei sempre o que faço ou encontro sempre a decisão perfeita. Reconheço que, geralmente, estou tão certa do que digo e afirmo, que me esqueço de olhar à volta, esqueço-me que nunca há uma única verdade e que, mesmo que houvesse, não tem que ser a minha verdade.
O nosso percurso na vida não é linear, é cheio de encruzilhadas, de sinais nem sempre fáceis de se ler. Nós não somos estanques, massas corporais concluídas a nível físico e mental. Eu tenho uma base, uma base sólida e que espero ser um bom exemplo para os meus filhos, o resto é moldável, o resto é permeável ao meio em que vivemos, às pessoas que conhecemos e às vivências que temos.
Eu estou longe de estar concluída e nunca achei que a minha personalidade fosse imutável, tivesse um registo definitivo que me seguiria até ao último dia e a maternidade é a prova disso.
A ti não te quero prometer nada, preciso de promete-lo a mim própria que não me vou esquecer que não há verdades absolutas, que a minha verdade e a minha forma de estar na vida, não precisa de ser imposta a ninguém, não precisa sequer de ser valorizada como a melhor forma em relação às outras. Vou prometer a mim mesma que não vou esquecer aqueles que mais estimo, das suas verdades e escolhas, tão (im)perfeitas como as minhas.
Não vou pedir-te que confies em mim pois tal implicaria que me lesses. Vou deixar que o tempo te diga que podes confiar em mim...

Esta não é, propriamente, uma fase da minha vida em que tenha a força necessária para andar em frente sem fraquejar ou a serenidade para aceitar os retrocessos, mas vou manter o foco. Dizem que a vida encarrega-se de meter tudo em ordem e que tudo vem no tempo certo. Vou confiar... em mim... e na vida que a vida me reserva.
A ti, minha querida amiga, desculpa-me as vezes em que levantei a minha verdade como se fosse uma bandeira digna de seguidores e desculpa-me as vezes em que só vi o meu umbigo e esqueci que o sol, nem sequer os meus filhos, andava à volta dele.

Abraço-te!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Escolhas

Nem sempre é fácil fazer escolhas, na verdade, é, quase sempre, difícil. Quando se trata em fazer escolhas pelos filhos parece que tudo toma proporções ainda maiores porque nos sentimos responsáveis pelo bem e pelo mal que possam provocar.
Ultimamente, não consigo evitar de sentir um peso no peito, um peso que se deve a escolhas, escolhas que não são para mim, são para ele. E a dúvida se terei feito a escolha acertada visita-me todos os dias, em todas as vezes que ele chora e chama por mim...
Agora, só me resta aguardar, ver o que a vida nos reserva, para, mais tarde, descobrir se fiz ou não a melhor escolha que tinha disponível. Se a vida me mostrar que estava errada, mudaremos. Aprender a confiar e saber serenar é uma aprendizagem para mim. Posso não ser a melhor aluna, mas prometo dar o meu melhor... por mim... por ele.