À hora de deitar já eu só penso em os ver dormir. Estou cansada, muitas vezes aborrecida ou até enervada.
O outro dia, a desejar o silêncio, eles na cama já às escuras mas ainda na galhofa.
Entro, numa voz calma, (ninguém sabe por quanto tempo):
"Meninos, a mãe não se quer chatear com vocês, não quero gritar. Por favor, já é tarde. Durmam e não quero ouvir a voz de ninguém. Respeitem a mãe e este pedido."
(Não me perguntem de onde veio este discurso.)
O António pediu para ir à casa de banho. Pediu permissão para puxar o autoclismo. Lavou as mãos e deitou-se.
Estou disponível para palestras sobre parentalidade positiva.
(Vamos esquecer a birra que fez da tarde para calçar umas sandálias, vamos esquecer a birra do jantar para comer a sopa. Vamos esquecer o passado. Vamo-nos concentrar na beleza desta noite.)
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