Quando são alegrias, vitórias, tanto melhor pois partilho de uma euforia sobre acontecimentos quase como se fossem totalmente meus. Quando são tristezas e preocupações sinto-me pesada pois encaro-os, também, quase como se fossem minhas.
Eu já fui bem pior, enchendo o rosto de lágrimas que nunca deveriam ter sido minhas. Isto porque, no meu círculo, sou a ouvinte, a mais paciente e animadora. Contudo, a dor que possa diminuir no outro aloja-se em mim, tornando-se minha.
Com o meu próprio crescimento interior fui aprendendo a ajudar, mantendo algum distanciamento de sentimentos que pertencem ao outro.
Mas este crescimento está longe da meta e não consigo deixar de sentir o meu coração contorcer-se no peito quando um(a) amigo(a) sofre. Custa-me e, às vezes, só me apetece ficar longe de tudo, permanecer no desconhecido para minha própria proteção.
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