ALICE

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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A escolha da escola

Não tivemos grandes conversas para escolher a escola da Alice. Tínhamos algumas condicionantes e poucos entraves que facilitavam a escolha.

1. Teria de ser uma escola onde pudesse fazer o jardim de infância (só para o ano será o chamado ano de pré-primária) e seguir pelo 1º ciclo, para não haver mudança de escola nesse período;
2. Não temos problemas de horário pois a minha saída oficial é às 15h, havendo alturas em que tenha de sair mais tarde, mas raras vezes e sempre de minha vontade. Não haverá necessidade de ocupação após período normal escolar;
3. Não havia problemas de vagas em qualquer escola (pública ou privada), à partida;
4. Éramos de opinião que as escolas públicas disponíveis cumpriam as exigências da nossa filha e nossos durante o seu percurso escolar;
5. Apesar de todos os amigos mais próximos da Alice e da idade dela (filhos de nossos amigos) estarem em escolas privadas e de eu ter muito gosto que ela frequentasse com um deles, em particular, a sua amiga Nina, (pela proximidade afetiva entre ambas) estava fora de questão pagar por um serviço pelo qual já pagamos nos nossos impostos e, mais do que isso, quando o podemos tê-lo sem mais custos;
6. Nada contra as escolas privadas (meus sobrinhos frequentam uma e muitos filhos de amigos), algumas delas excelentes em condições estruturais, extremamente aliciantes, bom quadro docente, horários alargados e muitas atividades extracurriculares. Contudo, os valores a pagar constituem um peso considerável na maioria dos rendimentos familiares. Tomam-se opções e cada família é livre (obviamente) de tomar as suas, supostamente a pensar no melhor para os seus filhos. Manter dois filhos numa escola privada, no mínimo, durante o período de pré-primária e primeiro ciclo (podendo ir até ao final do percurso escolar, universidade incluída), seria abdicar daquilo que temos como importante que passa, por exemplo, em eles poderem visitar os avós e família paterna que se encontram a mais de 2000kms de distância, várias vezes ao ano;
7. No fundo, a decisão é, acima de tudo, tomada por acharmos que o ensino público responde às nossas necessidades enquanto família com alguma liberdade de horários, de haver esse ensino público a menos de 500 metros de casa, de esse ensino público ter instalações físicas boas e quadro docente estável;

Se a decisão é a melhor? Pensamos que sim mas o futuro dirá. Se vamos concordar com todas as opções tomadas da escola? Talvez sim, provavelmente não. Se ela vai sair bem preparada do primeiro ciclo? Julgo que sim pois parece-me que ela não terá grandes dificuldades em atingir o médio. Se ficaria melhor preparada numa escola privada? Talvez sim pois acredito que lá o quadro docente sinta maior pressão dos pais, uma pressão sempre ligada ao pagamento, do pensamento que "se eu estou a pagar têm que fazer o melhor pelos meus filhos" mas no público também se paga, só não é visível na fatura do final do mês. Contudo, não sou mãe à espera de quadros de honra para os seus filhos, não sou mãe que trabalha para os 100%. Preocupo-me mais com as competências sociais e emocionais dos meus filhos. Claro que desejo que sejam bons alunos (não falo em excelência) mas, acima de tudo, crianças, adolescentes e adultos equilibrados de cabeça. Isso sim é a minha maior preocupação enquanto mãe. Que cresçam resistentes, responsáveis, resilientes e com empatia com o mundo que os rodeia. Os números e as letras são a parte mais fácil da aprendizagem deles enquanto seres humanos.

Assim sendo, para a semana (só começa a 15 de setembro) Alice entra no meio escolar, na oferta pública disponível, numa escola a menos de 500 metros de casa, remodelada recentemente, com um quadro docente que desconheço mas do qual recebi boas referências de outras mães (sendo que em crianças cada caso é um caso).

Dentro da ansiedade normal de quem a vai "entregar" pela primeira vez, estou tranquila com a escolha. Vou (vamos) entrar num novo mundo.

A todos que partilham da mesma ansiedade e/ou tranquilidade, um excelente começo de ano letivo!

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