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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Já pensou consultar um psicólogo?

Dizia-me a terapeuta da fala: "O António está muito dependente de si emocionalmente e isso está a impedi-lo de evoluir, de crescer."
Nem sabia bem o que comentar pois não pretendia entrar em debate educacional ou acabar por ser um pouco mais seca. Reconheci que ele era muito "agarrado" a mim e que piorou um pouco com a entrada na escola.
Ao que me disse: "Já pensou consultar um psicólogo?"
Apeteceu-me perguntar: "Para mim, para ele ou para si?"
Nada contra os psicólogos. Nunca consultei nenhum. Nunca foi necessário. No futuro não terei problema algum em recorrer para mim ou para os meus filhos se sentir que eles possam ser parte da solução de algum problema. Até hoje tenho conseguido gerir à minha maneira, aprendendo com os erros, tentando fazer melhor, focando-me nas coisas positivas e minimizando os problemas.
Só achei que a terapeuta em causa (em cerca de 10 sessões ou menos de 30 minutos cada com intervalos de 1 ou 2 semanas entre as sessões) tinha pouco conhecimento para recomendar logo um psicólogo. Ainda bem que os psicólogos já não estão associados a demências mais graves ou depressões profundas mas o facilitismo com que se recomenda ou se recorre a um psicólogo também não é benéfico. E achei que se não estivesse segura de mim naquele momento tinha vacilado e tinha ficado a acreditar que nós (eu e o meu filho) precisávamos de um profissional para modificar a nossa relação.

4 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de não conhecer a terapeuta nem a evolução/desenvolvimento do António, posso dizer-te que já passei situações muito semelhantes com a Beatriz. Muitas vezes saí da terapia, reuniões com a professora a pensar que a culpa era minha, por proteger demasiado, por ser muito ansiosa ou porque ela tinha o meu feitio... que a minha filha era atrasada...enfim. Parece que quando uma criança não fala o que é suposto para a idade é montado todo um aparato que dá cabo da cabeça dos pais, parece que é algo gravíssimo...
é preciso ser muito forte mentalmente para perceber que não há nada de grave com os nossos filhos e não é por sermos pais que não estamos a ver as coisas como elas são.
Desde que a Beatriz foi operada aos ouvidos começou a repetir tudo, ainda que de uma forma muito bebé e com dificuldades de fonética, mas está cada vez melhor e a mostrar que é perfeita!

Beijinhos
Cátia

CS disse...

Cátia, acredito que os filhos são parte do nosso reflexo, das nossas atitudes e comportamentos mas também são parte da sua própria personalidade que melhor ou pior vamos moldado. É tão fácil apontar o dedo aos pais quando eles se portam mal ou saiem do esperado pela maioria e é fácil também vacilarmos e culparmo-nos por tantas coisas. O tempo, o deles, o nosso, é fundamental que seja respeitado. Nem todos são genios, nem todos são isentos de birras, nem todos são perfeitos, alguns deles são normais e a nós calhou desses, os normais! ;)
Bj enorme

Anónimo disse...

Aos 3 anos a educadora do meu filho também me recomendou levá-lo a um psicólogo pois achava estranho ele não se defender quando os outros meninos lhe batiam e pk o achava também muito agarrado a mim.
Eu ouvi calmamente o que ela disse, não concordei e fiz a minha escolha, que foi continuar a educá-lo como acho que o devo fazer, se ele está sempre comigo e com o pai vai ser agarrado a quem????? Porque é que ele deve bater nos outros meninos se ele acha que não o deve fazer? Falho e falho muito e aprendo com ele todos os dias, nós vamos estar sempre a aprender , mas não gostei e não achei correto por estes dois motivos a recomendação de psicólogo. Hoje em dia ele já tem 6 anos continua agarrado a mim e isso não o impede de ser feliz e fazer o que qualquer outro menino faz e já se defende quando acha que o deve fazer.

CS disse...

Sim, também acho muito normal eles serem agarrados aos pais. Acho preocupante quando dizem que são muito agarrados à educadora ou tratam a avó por mãe ou a ama, etc. Mas cada um sabe o melhor para a sua família e faz o melhor que pode e sabe. É vamos por tentativa/erro seguindo o nosso coração. Tudo a seu tempo, o tempo ajuda e eles vão crescer.
Também não acho que devemos ensinar a defender com luta, acho é que devemos ensinar aos outros para não bater.
Bj
Obrigada pela partilha.