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segunda-feira, 17 de março de 2014

O voucher

Dia dos namorados, há pouco mais de um mês. Um casal que não comemora. A mulher que, apesar de tudo, invadida pelos corações e publicidade, decide fazer uma surpresa e envia um email. O email segue com uma pequena declaração de amor e um anexo. O anexo é um voucher. O voucher oferece ao destinatário um tratamento aos pés de 30 minutos com direito a exfoliação e hidratação. Tratamento caseiro e sujeito a reserva e disponibilidade.
Quem recebe o voucher nada diz no dia, nem nos 2 ou 3 dias que se seguem. Após esse silêncio, começa a vontade de usar a oferta. A oferta está sujeita a disponibilidade. A disponibilidade é escassa. Escassa é também a vontade de após um dia de trabalho fazer o que se prometeu num anexo de email devido à publicidade imensa a que se foi sujeita semanas a fio. Semanas a fio é o que a outra pessoa tem esperado pela sua oferta. A compreensão vai dando lugar às bocas, merecedoras de quem as ouve. Quem as ouve sorri e tenta justificar-se mas sente-se uma ponta de verdade na boca de quem as diz:
"Deixa lá que estás quase a fazer anos e eu vou-te oferecer uma viagem ao Brasil mas só vais quando eu quiser!"
"Eu devia ter-te oferecido no Natal só a caixa da máquina fotográfica sem nada dentro!"

 
Qualquer semelhança da história com a vida da autora deste blog é pura coincidência.

3 comentários:

Jardim de Algodão Doce disse...

Ai pá, tão diferentes mas tão iguais. Deixa lá.

Ela disse...

Estás tramada. com ele não te safas de umas bocas até fazeres a massagem, e mais outras tantas depois de fazeres, só por teres adiado o prazo. faz lá isto duma vez!

CS disse...

Ela, tu sabes! ;)