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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Não troco a minha cruz por nenhuma outra cruz

Conversa ao pequeno-almoço no café: a crise, os cortes, o desemprego, o mesmo e mais forte. Arremato com um ditado/fábula/conto que ouvi da boca de alguém que já não me lembro. Dizia:
"Se todos nós pegassemos na nossa cruz e fossemos para o andro da igreja, olhávamos à volta e voltávamos para casa, felizes e contentes com a nossa cruz."

Pois, eu sou daquelas pessoas que nem sequer chega ao adro da igreja. Não trocava a minha cruz por nenhuma outra. Ela já se moldou às minhas costas, já nos tornámos íntimas uma da outra, trocamos confidências, e lavamos as lágrimas uma à outra.
Eu tenho a minha cruz, como cada um tem a sua. A minha é mais ou menos leve, mais ou menos pesada. Há dias que nem a sinto. Outros em que me pesa tanto como se carregasse o mundo inteiro às costas. Há dias que até podemos cantarolar juntas. Outros em que nem abrimos a boca. Há dias em que a enfeito com um lenço mais colorido. Outros a cubro de preto e meto uns óculos de sol para passar despercebida.
Eu tenho a minha cruz, a cruz que representa todos os meus problemas presentes e futuros, os meus aborrecimentos, os desencontros, os meus cortes salariais, o desentendimentos em casa ou no trabalho, as minhas frustrações, as minhas tristezas.
Eu tenho a minha cruz e não a troco por nenhuma outra cruz...

Helena Bonham Carter
 

3 comentários:

Jardim de Algodão Doce disse...

E cada um com as suas cruzes. Gostei muito deste texto.

Dia - a - Dia disse...

Que bom que gostas, lol. A verdade é que quando olhamos à nossa volta, existem pessoas em situações bem piores que as nossas, sejam elas saúde, trabalho, sentimental, etc.

Soltas as Palavras disse...

Adorei o texto! Acho que devemos encarar a Vida de uma forma positiva mesmo estando as coisas mal, tentar ter pensamento positivo e pensar sempre que amanhã vai ser melhor!!!