ALICE

Lilypie Kids Birthday tickers

domingo, 28 de outubro de 2012

Antes de ser mãe eu achava que sabia muito...

Antes de ser mãe talvez não pensasse muito sobre tantas coisas que agora penso e me preocupo. Antes de ser mãe não compreendia muitas das atitudes da minha mãe, as suas preocupações para com a saúde e bem estar de nós pareciam excessivas.
Antes de ser mãe eu achava que sabia muito mas eu sabia tão pouco...
Antes de ser mãe não me lembro bem o que pensava sobre o assunto de colocar os pais em lares, talvez nunca me tenha debruçado bem sobre o assunto.
Agora que sou mãe tenho uma certeza, os meus pais/os pais de B., terão um lugar na nossa casa se um dia for necessário. Não há cá lares, aqui viver-se-à em família pois só quem já foi mãe/pai sabe tudo aquilo que os pais sentem, fazem e vivem pelos filhos. E não falamos de 5 ou 10 anos, geralmente o tempo que os nossos pais podem precisar da nossa casa em final de vida, falamos de 20, 30 anos, pelo menos, e cada vez será mais tarde a vermos os filhos saírem de casa.
É muito triste criar uma família e chegar ao fim de vida sem que se encontre um espaço na vida de um deles...


O ideal é os nossos pais continuarem a ser a nossa ajuda e não o inverso. O ideal é eles serem autónomos até ao fim mas nem sempre assim o é.

6 comentários:

Ela disse...

Esta questão dos lares, muitas vezes é necessária, mas muitas outras é um livrar-se da responsabilidade de tratar de um idoso. É tapar o sol com a peneira: o nosso caminho poderá ser o mesmo, ou seja, uma velhice abondonada.
os nossos serão sempre nossos! E não se deve abandoná-los na altura em que mais precisam de nós.

Kaipiroska disse...

Não poderia estar mais de acordo contigo. São a nossa família e que um dia já deram tudo por nós, até que chega a altura de naturalmente retribuirmos esse afeto :)

CS disse...

Lá chegaremos todos (com sorte) e não deve ser fácil. Devem haver lares muito bons mas parecem-me sempre depósitos de vidas.

nelita disse...

Bom dia :)
Eu acho que os lares são necessários quando não há alternativa...é mais ou menos como os infantários... Eu já passei por uma situação idêntica com a minha avó que sem dúvida foi para mim muito mais que uma mãe. A solução foi dividirmos em turnos para não a deixarmos em casa sozinha por muito tempo e, mesmo assim muitas vezes fomos dar com ela caída no chão...ou a tentar cozinhar alguma coisa...imaginem o que seria uma criança de seis anos com um fogão à frente...é a mesma coisa.
Eu sou mãe e, se puder livrar o meu filho desta preocupação, melhor.
beijinhos

M.M. disse...

Eu não acho que deixar um idoso no lar seja abandoná-lo. É verdade que muita gente o faz, mas muitas vezes é a unica alternativa para a familia. A minha avo tem Alzheimer e o meu pai é filho unico. Durante 2 anos a minha avo viveu na nossa casa e eu e os meus irmaos (somos 3) tivemos de partilhar o mesmo quarto para que a minha avo tivesse a sua privacidade...

Durante estes 2 anos foi um grande desgaste para todos... os meus pais trabalham os dois, eu e a minha tambem somos trabalhadoras e o meu irmao estava na escola... tinhamos de ter alguem sempre com ela para nao haver nenhuma desgraça... tambem pensavamos que lares nunca, mas chegou a uma altura que teve mesmo de ser. Está bem tratada, vem com muita frequencia a nossa casa (2 ou 3x na semana) e esta pertinho de nos. Mas sabemos que tem sempre alguem com ela e, por isso, estamos descansados. É um grande desgaste para a familia ter um idoso com problemas de saude... alem de ser dificil conciliar as rotinas...

Como alguem ja disse, sei o que custa cuidar de um idoso e tambem nao queria dar esse trabalho aos meus filhos...

CS disse...

M.M., eu generalizei. Há casos e casos. Falo mais daqueles que vão para os lares e lá ficam esquecidos.