Dormitava no sofá depois de um dia de piscina/praia, imaginando um cenário semelhante ao da Riveira Francesa, em boa companhia e um sol bastante quente e perigoso, quando o meu telemóvel toca.
Ligou-me uma amiga, uma antiga colega de trabalho, dos tempos em que era professora e tinha os meus alunos atrás de mim pelos corredores. Uma amiga que está longe mas perto do coração, do pensamento e das minhas energias positivas.
Falámos um pouco, não matámos todas as saudades, mas soube bem ouvir a sua voz, saber como está. Uma promessa de nos tentarmos ver aquando a minha passagem por Chaves, pelo menos uma meia hora, pelo menos um café, dizia ela.
Do fundo do meu coração, podia ser um dia todo, correndo calçada de uma ponta à outra de chinelo no pé, partilhando alegrias e desgostos, rindo em fartas gargalhadas...
O telefonema deixou-me apreensiva pois senti a sua voz tremida, as lágrimas a quererem saltar e o nó na garganta mostrou que nem sempre conseguimos ser felizes, nem sempre conseguimos o que ambicionamos e, principalmente, nem sempre encontramos a estabilidade e a companhia que sonhamos.
Acredito em coisas boas, principalmente se acreditarmos que as merecemos, que temos força por lutar por elas, por dar a volta e tornar as nossas adversidades degraus para ir mais longe.
Minha querida, por mais banal que seja a afirmação, acredita que tudo vai correr bem.
Instruções de uso deste post para a minha querida amiga e todos aqueles que precisarem:
1º Som do computador a beirar o máximo;
2º Afastar mobílias e objectos afiados;
3º Descalçar de qualquer tipo de calçado;
4º Começar a pular e cantar a alto dos seus pulmões a letra da música;
5º No refrão pode-se dizer um ou outro palavrão para libertar o corpo de energias negativas e mandar para longe alguém;
6º Repetir os passos acima descritos as vezes que achar necessário ou usar a prescrição diária (uma vez antes das refeições para não provocar vómitos).
Tudo de bom para ti, para quem precisar, para quem acreditar que somos capazes de dominar e controlar a nossa vida.
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