Isto tudo é muito discutível e é, tão somente, a imagem que tenho de mim, algo que pode não ser partilhado pelas pessoas que me rodeiam.
Contudo, tenho um handicap - envolvo-me demasiado e, algumas vezes, bafejada por aquilo que julgo ser clarividência, quase empurro as pessoas para caminhos que julgo serem os melhores para elas.
Sei que como psicóloga isso seria o meu fim profissional, seria uma intervenção psicologica contra todos os deveres éticos de um profissional de saúde.
Mas quem está de fora, quem consegue elevar-se um pouco sobre a outra pessoa, consegue vê-la de uma forma tão clara, consegue visualizar os possíveis caminhos benéficos e os caminhos que conduzem a um desfiladeiro onde lá em baixo não é água que corre mas sim calhau, muito calhau duro que parte a cara a qualquer um. E às vezes, ou melhor, muitas vezes, só me apetece empurrar alguém que está zonzo e só escolhe o pior para si e dizer: "Anda, anda pra'i! Gostas de sofrer mas te deixo vencer!"
E penso: "Porquê?! Porquê somos tão cegos às vezes?! Como não conseguimos ver a clareza daquilo que só se revela passado tempo, muito tempo e apenas depois dos estragos serem tantos... do coração se ter partido em mil pedaços e de termos tentado partir a cabeça vezes sem conta no mesmo bloco rochoso?!"
Isto tudo para passar a publicidade:
"Professora MAMBA ZULU CHÁ, resolve todos os problemas de amor, depressão, amizade e trabalho com orientações vindas dos astros e invejadas por todos os pais santos e mães santas do Brasil, Professores de África, Mestres de tribos e Dalai Lamas do Tibete. Em troca pede-se uma ajuda em dinheiro ou roupa da estação em vigor para elevar a alma da professora MAMBA ZULU CHÁ. Se for um agradecimento e uma pancada nas costas de um seguido: "És extraordinária!" também vai lá."
Quando falha a técnica, oferece-se apenas o ombro em silêncio ou em gargalhadas.
1 comentário:
pois é miga, não sei se te safavas como psicóloga!!! mas uma coisa te garanto, como amiga ... és um espectáculo ... bigada por existires na minha vida :)
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