Dia de ontem

Fazíamos 4 anos, podíamos ter tido um jantar romântico com velas, mãos dadas, brilho nos olhos, palavras meigas e juras de muito amor. Podíamos e até coincidia com o dia de folga da minha paixão. Podiamos mas não foi... tínhamos coisas combinadas, compromissos e gente, muita gente incluída.
Ao almoço, eu, B. e coração de aluguer, rumámos a um lugar onde se confecciona, provavelmente, um dos melhores bifes da região a um preço real e não a 20€ o prato, como na Associação.
Falámos de amores, relações e roupa. Por incrível que pareça, os 2 rapazes da mesa falaram mais de 10 minutos seguidos de roupa e eu de queixo caído.
À noite casa dos meus pais, com mais umas 15 pessoas... Depois troca de mensagens e encontro com amigos para café nas Portas do Mar. Conversa puxa conversa e vamos para casa depois da 1h da manhã.
E assim se comemoram 4 anos da forma que gostamos de estar dia-a-dia, numa cumplicidade partilhada, na companhia de família e amigos, comendo e bebendo, rindo e discutindo, dando beijos e abraços, dizendo que queremos mais 4 vezes 4...
Se não fosse as minhas preocupações com a instabilidade de um dente, teria sido perfeito, simples, sincero, um dia feliz, um dia sem pressões da data, sem frases feitas, sem desilusões porque o outro esperava mais... Nenhum de nós esperava mais do que a certeza de que nos continuamos a amar e que continuamos a querer o mesmo: o perfeito e o imperfeito da nossa relação.

Dos 10 minutos que falaram de roupa, 5 foram sobre a qualidade desta t-shirt. Uns snobs esses rapazes.

B.

Uma foto pouco abonatória à minha pessoa.

Afinal houve mãos dadas. (Não podemos é dizer que foi uma simulação para a foto).