Dilema do almoço

E no meio do almoço, talvez lembrado pelo aroma do vinho, surge a questão levantada por mim, devido ao contexto da conversa e algo que tinha lido num blog:

"SE APENAS TIVESSEM 2 HIPÓTESES: AMAR OU SEREM AMADOS. QUAL A OPÇÃO?"

B.: (rápido e veloz como a luz) "Eu prefiro ser amado. Não lido bem nem com o sofrimento nem com o ciúme. A vida já é complicada o suficiente quando não temos opção, nos sentimentos, optando, prefiro sempre ser amado."

G. (coração de aluguer): "Ser amado, claro."

EU: "Prefiro amar. Não conseguiria estar com alguém que não amasse... mesmo sabendo das implicações dessa opção."

Realmente, ser amado dá menos problemas. Não somos traídos, temos alguém que faz tudo por nós, que nos ama incondicionalmente. Mas de que vale? De que vale estar ao nosso lado alguém que nos ama mas cujo sentimento não é partilhado por nós? Contudo, amar alguém sem ser correspondido não é melhor sorte. Sofremos, arranhamos paredes, rolamos no chão de tanta dor, de um sentimento que só existe em nós e que nos alimenta apenas a nós. Do outro lado o que existe é pouco, pouco em sentimentos, pouco em atenção, pouco em tempo.

Melhor opção: AMAR E SER CORRESPONDIDO(A). Estarmos os dois no mesmo projecto. Lutarmos juntos contra as adversidades. Procurar em conjunto soluções, encarar o dia-a-dia, de mãos dadas como se juntos fossemos mais poderosos do que sozinhos, como se juntos o mundo fosse nosso e afastados não conseguissemos.
E não é fácil e não fica mais fácil com o tempo. Uma relação a dois é feita de tantos obstáculos, tantos dias de nuvens negras mas também com dias de sol escaldante, com mar e praia, com sorrisos que não conseguimos controlar e uma vontade imensa de sermos dois, só os dois, fortes e poderosos contra todas as dificuldades da vida...