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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pergunta do dia

Por que razão 90% das mulheres (e talvez homens) perante a dúvida de escolher entre o "bom da fita" e o "mau da fita", optam sempre pelo "mau da fita"?
Será que é o perigo, a incerteza, a adrenalina que alimenta uma relação? Será que é na luta e na incerteza que nos sentimos mais vivas e mais conscientes do que queremos? Será que é a bandeira do "eu consigo mudá-lo", "Ah, comigo será diferente!" que se torna um objectivo tão poderoso que não conseguimos olhar em volta?
Ou são os "bons da fita" que se tornam chatos, previsíveis, fáceis e tudo isso acaba por cansar?
Toda a nossa vida parecemos procurar os nossos portos seguros: ansiamos por um emprego seguro, uma casa segura, amigos verdadeiros, um parceiro leal mas na verdade, não parecem ser estas as nossas escolhas. Parecemos largar isso tudo pela incerteza do dia de amanhã, pela incerteza do que o outro fará, pela incerteza dos sentimentos do outro mas pela certeza que queremos o que menos se encaixa em nós, o que menos parece acertado mas mais emoção nos transmite.
Não acredito que as pessoas mudem completamente. Não acredito que o seu comportamento possa ser completamente oposto ao que fizeram no passado. Não acredito que mulher nenhuma ou homem algum possa mudar a essência do outro.
No fim das contas, acho que as pessoas são pouco exigentes com os outros. Acho que muita gente vive apenas do amor que sente pelo outro. Acho que perdoam demasiado, demasiadas coisas. Acho que vivem em mundos de fantasia onde as pessoas um dia são más mas no dia seguinte já podem ser boas.
Eu já cometi erros, já tentei acreditar em pessoas que não mereciam um crédito por mínimo que fosse. Tento fazer desses erros os meus degraus e subir na minha postura, no meu equilíbrio, na construção de uma pessoa melhor e nunca o inverso. Nunca descer nestes degraus, nunca desacreditar em toda a humanidade, nunca querer imitar a desilusões que passei inflindo nos outros as mesmas desilusões. E isto para mim é transversal em todos os relacionamentos: entre familiares, entre amigos, entre companheiros, entre colegas de trabalho.
E um perfeito mundo de fantasia seria se agissemos em maior consciência e não apenas no viver o momento como se tivessemos sós no mundo. O dia vai sempre amanhecer e a luz do sol vai tornar real todos os nossos actos cometidos no escuro da noite.

3 comentários:

Ela disse...

Ingenuidade é achar que existem portos seguros.
E mesmo quem é "bom da fita" um dia, por um acaso qualquer, passe a ser o mau.
A vida dá tanta volta, e as pessoas também. Vamos ter confiança que assim pode ser.
Às vezes é muito fácil criticar quem perdoa e é fácil achar que, em situações semelhantes, agir-se-ia, da forma que apregoamos. Mas passando pelas situações, nem tudo é tão claro. Há muito a pesar, muito mais que simplesmente coração ou simplesmente cabeça.
Há tanta gente a opinar mas acho que deveremos sempre ter presente que cuspir para cima...

Anónimo disse...

No meu ponto de vista, a verdadeira ingenuidade é cometer sistematicamente os mesmos erros e mostrar-se relutante em aprender com eles.
Não ha portos seguros, alias não ha nada que seja dado como seguro, talvez porque os maus da fita ganham vezes de mais.
É facil julgar e opinar sobre quem é o bom e o mau, o que é certo ou errado, + difícil é estar dentro da situação e ter o mesmo discernimento.
No fundo as pessoas devem ser sinceras e coerentes consigo próprias, defender aquilo que acreditam, os seus principios e não irem contra eles apenas
porque é + facil ou porque magoa menos.
li a pouco tempo que "...acrescentamos anos a nossa vida e não vida aos nossos anos", eu gostaria d alterar isso na minha. Se isso implica passar por situações menos boas, seja, mas a vida é curta demais para não aproveitarmos tudo o que ela nos da.

Anónimo disse...

A vida é tão incerta que às vezes torna se quase impossivel saber o que está certo ou errado..Perfeito seria se o certo fosse mesmo certo e se o errado deixasse de ser errado, mas entre estes dois há uma linha demasiado tenue..Toda a gente caminha para uma certeza,na esperança que haja um porto seguro...e às vezes chega-se a encontrar um, mas não é que às vezes o mar alto o leva..A vida é demasiado curta para não vivê la com a intensidade que merece, mas não é que o tanto às vezes é tão pouco?Não é que o pouco às vezes se torna tanto? tanto que se vê em todo o lado que se sente em cada som, bom ou mau, te martela na cabeça incessantemente...é certo? é errado?É certamente vida que percorre nas veias da cabeça e do coração com valor mais alto que certo ou errado..
P.M